A dona de casa Sulamita Barreto da Silva, de 37 anos, que ficou com a perna esquerda gigante após uma picada de mosquito, será avaliada por especialistas do hospital da Lagoa, unidade federal na zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ela tem consulta marcada na unidade para o dia 13 de setembro.
Depois que história da dona de casa foi contada em uma reportagem do programa Balanço Geral, da TV Record, ela começou a receber doações em dinheiro para pagar suas contas e ajudar a família. No entanto, Sulamita diz ter esperança de conseguir um tratamento eficaz, que lhe devolva sua vida normal.
? No momento, estou passando muita dificuldade porque o meu marido está parado [desempregado] e a gente mora de aluguel. Eu creio muito que a minha situação vai melhorar. Acredito que Deus vai tocar no coração de alguém que vai me arrumar um tratamento para eu ficar livre disso [da doença].
A mulher, que tem três filhos e vive com o marido Marcos Rodrigues Martins na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, há 13 anos sofre com um linfedema, também conhecido como edema linfático. A doença aumenta o volume de uma parte do corpo, causado por distúrbios do sistema linfático, que é responsável, entre outras funções importantes, pelo controle de fluídos nos tecidos. No caso de Sulamita, a perna esquerda acumula líquido, o que deforma o membro.
A dona de casa é desencorajada a sair de sair casa por agentes de saúde, já que as feridas abertas podem causar infecções. Além disso, os inúmeros degraus que têm que subir para chegar ao asfalto a impedem de se locomover. Na pequena casa da comunidade, Sulamita arrasta a perna gigante e apoia o pé apenas em um chinelo, que, além de machucá-la, não é adequado para suas condições de saúde.
Sulamita diz acreditar que se tivesse sido tratada adequadamente quando a doença apareceu a situação dela hoje seria diferente. Com a perna esquerda pesando cerca de 20 kg, ela recebe a visita de funcionários da Clínica da Família Rinaldo Delamare, em São Conrado.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, um agente comunitário da unidade acompanha o tratamento e um dos médicos da equipe faz visitas regulares à paciente. Ainda segundo a secretaria, Sulamita recebe atendimento odontológico em casa, devido à sua condição física.