CONFIRA REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO DO JORNAL MEIO NORTE DESTA TERÇA-FEIRA (13)
O Ministério Público em parceria com diversos órgãos já começa a articular um processo de fiscalização aos abatedouros públicos do Piauí, ao todo 75 estão na mira das autoridades e podem chegar a fase da interdição, caso não cumpram os requisitos mínimos para o pleno funcionamento. A ação é uma resposta às denúncias do Conselho Regional de Medicina Veterinária(CRMV), que apontou casos de falta de higiene e maus-tratos aos animais, a questão é tratada como de interesse público, já que visa proteger a população de problemas ordenados pelas más condições de armazenamento e transporte das carnes. O foco está no respeito à lei.
Com o termo técnico assinado na última segunda (11), a expectativa é que haja uma participação intensa do MP-PI, CRMV, Vigilância Sanitária, Secretaria do Meio Ambiente (Semar) e Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Piauí (ADAPI), na luta pelo combate às práticas nocivas ao meio ambiente e ao bem-estar dos cidadãos. “Fomos procurados ainda no ano passado pelo CRMV, onde foi relatada a situação nos abatedouros, abrangendo justamente a precária higienização e os maus-tratos aos animais, assim nos comprometemos a cooperar”, destaca a promotora e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa ao Meio Ambiente (CAODMA) Denise Aguiar.
Nessa ânsia por uma eficiente fiscalização, fica a preocupação em torno da minimização das consequências negativas que esses abatedouros causam para a natureza. “Eles são prejudiciais ao meio abiente quando manuseados de forma incorreta, além de ser uma boa pauta sanitária, devido aos cuidados para que a carne possa ser consumida pela sociedade”, diz Aguiar. Ela ainda destaca que o ofício para o início do trabalho já foi expedido e o prazo para entrega dos laudos fixado. “Teremos até o final de outubro para conclui-los”, explica.
Sem possuir um abatedouro público, Teresina não está incluída neste processo, contudo não está descartado um trabalho parecido com aqueles de âmbito privado. “Vamos concluir primeiro estes, depois pensaremos em ampliar a ação”, elenca a promotora. Desse modo, a capital piauiense pode vir a ser englobada em outras fases.