Delegados ameaçam não registrar crimes eleitorais no PI

Os delegados afirmam que são obrigados a responder por várias cidades ao mesmo tempo.

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Depois dos servidores públicos federais, é a vez dos delegados do interior do Piauí ameaçarem o andamento das eleições municipais no Estado. Eles prometem deixar de atuar em crimes eleitorais por causa da demora do Governo do Estado em nomear os delegados aprovados no concurso público realizado em 2009.

Os delegados afirmam que são obrigados a responder por várias cidades ao mesmo tempo, sem a contratação de novos profissionais concursados.

O presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia civil, Tiago Dias, afirmou que já existe uma determinação da Justiça para que o executivo nomeie os candidatos classificados no concurso, com previsão de multa diária de R$ 5 mil, mas essa ordem não estaria sendo cumprida.

?Foi feito um acordo verbal entre o governador e o advogado dos candidatos para nomeação de 10 delegados no início do mês de setembro, mas até o momento não há nenhuma demonstração de que essas nomeações serão feitas, o que torna a situação muito complicada para aqueles que estão acumulando até 10 delegacias no interior?, disse Tiago.

O presidente do Sindepol destaca que a competência para atuar crimes eleitorais é da Polícia Federal, mas diante da insuficiência de agentes, a Polícia Civil atua de forma supletiva. ?Está difícil atender todas as requisições sem uma quantidade suficiente de legados?, afirmou.

Segundo ele, uma paralisação neste momento pode favorecer os maus políticos, que podem aproveitar a situação e intensificar a prática de compra de votos nos dias que antecedem o pleito eleitoral. Tiago Dias pontua que delegado de polícia é a única carreira que não recebe gratificação eleitoral por exercer funções eleitorais, a exemplo de juízes e promotores de justiça.

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