O delegado Emir Maia, titular da Delegacia de Diretos Humanos e Repreensão a Condutas Descriminatórias, denuncia violência contra pessoas que portam alguma deficiência. De bacordo com dados, em pouco mais de 15 meses, cerca de 24 pessoas com algum tipo de deficiência foi vítima de algum abuso sexual em Teresina.
“Nesses três primeiros messes, nós tivemos 123 denuncias. São crimes que tratam da dignidade humana, que terminam em crimes patrimoniais, contra liberdade sexual e física das vítimas”, disse Emir Maia.
Os protagonistas são os mesmos: pais, irmãos ou algum tipo de parente próximo que dificulta as investigações, já que a própria família esconde esses atos. “São praticados, na maioria das vezes, por pessoas próximas a deficiente e que onde eles se apropriam de seus benefícios. Em outros casos, os responsáveis se apropriam desses benéficos e largam a vítima a mercê da própria sorte”, completa.
Há pouco mais de um mês, um homem foi denunciado acusado de abusar da enteada de apenas 20 anos, que é deficiente física. Os abusos, não só sexuais, vão contra as garantias de liberdade e direitos humanos.
“Nós estamos investigando um caso onde o suposto padrasto está abusando sexualmente sua enteada. Isso é uma coisa muito séria, pois além de molestar, ele a deixa a mercê dela mesmo viver. Ela vive praticamente isolada em uma rede sem se alimentar e andar”, enfatiza.
Para denunciar, a sociedade pode recorrer ao disk 100 para Delegacia da Criança e do Adolescente. Além disso, podem denunciar através do telefone: 3216-5256.