O advogado Francisco Simin, respons?vel pela defesa do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, informou, nesta quinta-feira (5), que vai acionar a Justi?a a fim de questionar a paternidade do filho de Eliza Samudio, sua ex-amante, assassinada em junho de 2010.
O ex-jogador --condenado a 22 anos de pris?o ap?s ser considerado o mandante da morte da v?tima-- est? atualmente cumprindo pena na penitenci?ria de seguran?a m?xima Nelson Hungria, em Contagem (MG). O crime vai completar quatro anos na pr?xima ter?a-feira (10).
Segundo o advogado, a a??o que pretende questionar a paternidade nada tem a ver com o homic?dio, e sim com uma quest?o moral. "N?o h? nenhuma rela??o com o crime. (...) Isso vai tirar um peso muito grande das costas dele", afirmou Simin. O pedido deve ser protocolado na Justi?a do Rio nesta sexta (6).
O filho de Eliza, Bruninho, segundo afirmou o pr?prio goleiro em Ju?zo, ? fruto de uma r?pida rela??o entre a v?tima e Bruno. "Ele s? esteve uma vez com ela", comentou o defensor.
No entanto, Simin argumenta que, ainda que Bruno tenha reconhecido a paternidade em dois momentos (no Tribunal do J?ri e durante interrogat?rio), a informa??o ? question?vel, uma vez que ele "n?o poderia produzir provas contra si mesmo". A isso, soma-se o fato de que n?o houve exame de DNA.
"O Bruno jamais ofereceu material para exame. ? uma situa??o que deveria ter sido pleiteada logo no in?cio do processo, mas infelizmente isso n?o aconteceu. A paternidade foi determinada por presun??o da Justi?a do Rio. N?o havia DNA. Considerando que jamais foi feita a an?lise do material gen?tico, ele est? em pleno direito", explicou.
Simin disse ainda que, em v?rias oportunidades, o goleiro teria pedido a Eliza que ela fizesse o exame de DNA, por?m a v?tima supostamente se recusou. "Ela sempre arranjava uma desculpa. Dizia que estava passando mal, que tinha um compromisso em S?o Paulo, enfim, ela sempre fugiu do exame. Isso consta nos autos do processo", declarou.
Apesar da a??o, o advogado afirmou que o seu cliente "n?o sabe" se ? ou n?o pai do filho de Eliza. "Queremos apurar a verdade. Existe uma possibilidade de que ele n?o seja o pai, pois ela sempre evitou o exame", argumentou.
Bruno foi condenado pela Justi?a de Minas Gerais a destinar 17% dos seus rendimentos para a pens?o de Bruninho. O defensor, por?m, afirmou que o dinheiro n?o ? prioridade nesse momento. "N?o h? retorno do que j? foi. A grana que a mulher levou, n?o tem como devolver. Isso deveria ter sido feito l? atr?s", finalizou.