O defensor de Fernando Buffolo, que na semana passada baleou quatro pessoas na Aclimação, região central, pediu suspensão da transferência de Buffolo a hospital psiquiátrico. Ele permanece preso no 31º Distrito Policial (Vila Carrão). O pedido de transferência havia sido feito pela polícia. O advogado Ricardo Martins de São José Junior diz aguardar laudo de perito oficial sobre a saúde mental de Buffolo. "Ainda não sabemos se ele é ou não esquizofrênico e o laudo anterior, feito a pedido da família, não serve como prova." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fernando Gouvêa atirou em três pessoas durante a manhã do dia 18 de outubro e, depois, se trancou dentro de casa, avisando que possuía armas no local. Segundo a Polícia Militar, a confusão teria começado após o administrador ter recebido uma intimação judicial para sua interdição.
O oficial de Justiça Marcelo Ribeiro de Barros e o enfermeiro Marcio Teles Lima, 27 anos, chegaram ao local para cumprir a intimação - que tinha o objetivo de levá-lo para tratamento de esquizofrenia -, mas foram alvejados pelas balas. Dona da residência, Sílvia Helena Gondim também foi atingida. Gouvêa se entregou por volta das 17h, após mais de oito horas de negociação. Duas armas foram encontradas na residência - uma pistola 9 mm, de uso restrito, e uma espingarda calibre 12.
O administrador não falou nada no momento de sua rendição, nem apresentou reação. Ele foi encaminhado a um pronto-socorro do bairro do Ipiranga para realização de exames. No dia seguinte ao crime, a Polícia Civil de São Paulo solicitou à Justiça para transferir Fernando para a um hospital psiquiátrico, mas ele permanece na delegacia.