Conforme dados da Defesa Civil e da Coordenadoria Municipal de Habitação 56 famílias vivem atualmente em áreas de risco em Picos. O levantamento foi feito in loco, onde as moradias que se enquadram neste cenário foram visitadas por representantes da Defesa Civil. A estimativa é que este número seja ainda superior se incluindo todos os bairros da cidade.
Os bairros onde estas famílias inseridas são: bairro Paroquial abrangendo as Ruas Bahia I, Bahia II e Bahia III, bairro São Vicente, bairro São José, Morro da AABB, Boa Vista, Morro do Dner, Passagem das Pedras e dentre outros.
O coordenador da Defesa Civil de Picos, Oliveiro Luz, explica que a maioria destas residências estão construídas nas encostas dos morros. “O perigo maior é porque estas pessoas habitam encostas. Assim quando ocorre o deslizamento de terra estas construções irregulares geralmente construídas em terrenos soltos elas descem e põe em risco a vida destas pessoas”, disse Oliveiro Luz.
Números
Bairro Paroquial= 35 famílias residem em áreas de risco
Bairro Jurani = 01 família …
Bairro São José = 07 famílias …
Bairro São Vicente= 06 famílias …
Belo Norte= 01 família …
Morro da AABB= 04 famílias…
Canto da Várzea= 02 famílias…
Deslizamentos
No início da noite desta terça-feira, 07, moradores da Rua Dom Expedito Lopes, no bairro São José, tiveram suas residências invadidas pela terra devido a um deslizamento. Segundo informações, o rompimento de um cano teria provocado a queda de parte de um morro. A moradora, Maria de Lourdes Sousa, 77 anos, relata que o paredão construído para proteger as residências de um possível deslizamento apresenta infiltração de água, e que a mesma já vivia amedrontada com a possibilidade que isto pudesse ocorrer.
“Ainda ontem a tarde fui ver o local, e entre os tijolos a água corria como se fosse um torneira. Quando percebi foi o grito dos moradores dizendo que o muro teria caído. Os vizinhos que moram aqui abandonaram as casas”, disse a moradora.
Possível solução do problema
Oliveiro Luz explica que a solução para o problema seria a destinação das moradias populares do “Minha Casa Minha Vida”para estas famílias. No entanto, o sorteio contemplou apenas nove famílias distribuídas no Bairro São José, Paroquial e etc. O mesmo lamentou que o benefício contemplou uma faixa mínima do que se configura na realidade.
O coordenador ainda acrescentou que diversas reclamações chegaram até o órgão da Defesa Civil e que na sua concepção estas famílias deveriam ser enquadradas de forma direta no Programa, sem o processo de seleção. “Estas pessoas estão numa área de risco e com as chuvas o perigo de novos deslizamentos de terra” reiterou Oliveiro Luz.
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