Líderes políticos de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reúnem em Brasília, nesta quinta-feira (14) para a 11ª Cúpula dos Brics. O encontro acontece no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, desenhada por Oscar Niemeyer. As informações são do G1.
As comitivas chegaram a Brasília na terça (12) e na quarta (13). Além do presidente Jair Bolsonaro, estão na capital:
- o presidente da Rússia, Vladimir Putin;
- o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi;
- o presidente da China, Xi Jinping;
- o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
Na manhã desta quinta, os cinco se reúnem no Itamaraty em duas sessões: uma fechada e outra aberta, com transmissão. Em seguida, participam de um diálogo com empresários e com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como “Banco do Brics”.
O banco foi criado em 2014, com US$ 50 bilhões de capital previsto e objetivo de financiar projetos de infraestrutura nos cinco países. A representação do NDB no Brasil, com sede em São Paulo e escritório em Brasília, deve ser inaugurada durante a cúpula, de acordo com o Itamaraty.
Ao fim do encontro, os países emitirão uma carta conjunta, a ser denominada “Declaração de Brasília”. O texto vem sendo preparado há semanas pelos “sherpas”, nome dado ao principal negociador de cada país no Brics.
A expectativa, segundo fontes do Itamaraty, é de que a declaração avance sobre pontos sensíveis da geopolítica mundial, como as mudanças climáticas e os conflitos no Oriente Médio. Temas regionais – como a instabilidade política na América Latina, o conflito na Caxemira e os protestos em Hong Kong – podem entrar, mas de modo indireto.
Em edições anteriores, os países avançaram sobre temas polêmicos. Em 2017, por exemplo, a cúpula condenou a realização de testes nucleares na Coreia do Norte e o terrorismo no Afeganistão, além de reiterar a “necessidade urgente de uma solução justa, duradoura e abrangente para o conflito israelo-palestino”.
Em 2018, o grupo conclamou os demais países a implementar plenamente o Acordo do Clima de Paris, e cobrou que países desenvolvidos financiem ações sustentáveis no terceiro mundo. Também condenou o uso de armas químicas nos conflitos na Síria.