Por: Waldelúcio Barbosa
As mães são, por natureza, guerreiras, dedicadas, lidam com a educação dos filhos, fazem o possível e até o impossível para cuidar deles. Algumas vezes, elas são acompanhadas por seus esposos e outras criam os filhos sozinhas. Elas cumprem muitas jornadas de trabalho e não recebem nada por isso. O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outro sentimento no mundo. Em tempos de isolamento social, aceleramento de tecnologias e informações, muitas vezes a relação dentro de casa entre mães e filhos se perde, mas estimular o companheirismo e a cumplicidade é a tarefa de muitas mamães, que fazem questão de se manterem presentes, sendo mãe, amiga e irmã de seus filhos.
Amizades, escola, esporte, corte de cabelo, roupas, absolutamente tudo faz parte do cotidiano da administradora Lyvia Sampaio com o filho Samuel Andrey, de 11 anos. A relação com o filho é de um companheirismo único em momentos de puro afeto, parceria e dedicação. "Moro sozinha com o Samuel já desde quando ele tinha 2 anos, foi quando separei do pai dele e começamos a morar sozinhos. Desde lá sempre busquei ser muito presente na vida dele como amiga, como mãe, com autoridade, mas também com cuidado para não afastá-lo de mim. Considero que tenho relacionamento muito lindo com meu filho, de amizade, de respeito, carinho e responsabilidade", disse.
A administradora conta ainda que costuma passar muita confiança para o filho para procurá-la sempre que tiver alguma dúvida ou tenha interesse por algum assunto. "Quando estamos juntos, seja em casa, no carro, na igreja, sempre estamos conversando e discutindo todo tipo de assunto. A gente fala sobre namoro, eu falo para ele a minha situação como mãe solteira de uma forma simples, das responsabilidades de casa, de pagamento de conta, de salário, prioridades, além disso a gente gosta muito de fazer programas juntos, sair para comer. Apesar de morarmos atualmente em Bacabal (MA), ele nasceu em Teresina e sempre viajamos juntos porque ele ama Teresina. Também vamos juntos para fazenda do meu pai, porque ele ama cavalos, então temos uma vida muito saudável”, enfatizou.
Amor que fortalece e dá segurança
O amor de mãe não faz o filho mais dependente ou tímido, mas realmente faz dele um homem mais forte e independente. Por isso mesmo, Lyvia Sampaio não economiza nas demonstrações de afeto e amor, especialmente em uma sociedade na qual as relações entre pais e filhos são por vezes complicadas. Isso implica em também dar-lhes limites claramente definidos, que lhes darão segurança e certeza do que se espera deles.
Outro assunto muito aberto entre Lyvia e Samuel é com relação a relacionamentos e primeiras experiências para que o filho esteja bem orientado. “A gente conversa sobre todo tipo de assunto, ideologia de gênero, identidade de gênero, respeito às diferenças, religião e nós temos uma comunicação muito boa. Quando ele tem dúvida, ele me busca, a gente senta e conversa. Eu também me relaciono superbem com os amigos dele na escola, na rua e sempre dormem na minha casa e organizo campeonatos de videogames. Apesar de não saber jogar, me envolvo anotando os nomes dos grupos, fico acompanhando as pontuações e participando de alguma forma. Estou sempre envolvida e gosto muito de tudo isso”, afirma. Cada interação da mãe com o filho, cada toque, cada olhar tem o potencial de moldar a perspectiva do filho e afetar seus relacionamentos futuros.
Lyvia faz questão de participar de todas as atividades que o filho se envolve, como a prática de esportes e na igreja, por isso sempre o acompanha nos treinos de futebol, natação e karatê, fazendo questão de assistir ao desenvolvimento do filho em cada etapa da vida. "Ele joga futebol desde os 6 anos de idade e agora faz escolinha de futsal na escola e sempre gosto de acompanhar nos campeonatos junto com ele e os amigos. Ele também tem uma relação muito boa com o pai, eles são sempre unidos. Sempre no período das férias escolares passam juntos", pontua. (W.B.)
Mãe e filha têm relação de parceria e amizade
A empresária Meire Leal é mãe dos engenheiros Isabela Leal e Marcos Vinícius, e sempre teve uma relação muito próxima e íntima com os filhos, sempre com transparência e sinceridade. Isabela revela que desde muito pequena conta com a mãe para partilhar das suas dúvidas, alegrias e anseios, porque sempre teve muita liberdade por parte da mãe para conversar sobre todo tipo de assunto.
“Ela sempre me deixou muito à vontade para conversar sobre tudo e diferente das outras mães, quando eu falava algo que fazia ainda muito nova, ela não me repreendia, mas tentava lidar com a situação da melhor forma possível me aconselhando e me ensinando o melhor caminho para seguir”, conta.
Meire Leal conta que ao longo dos anos sempre se preocupou em criar uma relação de afeto e confiança com os filhos e no período em que se separou do marido, pôde contar com a ajuda da filha, quando os papéis se inverteram e ela precisou de aconselhamentos. “Minha separação fez a gente se tornar ainda mais unida e ela se tornou minha melhor amiga e ela passou a ser minha confidente. A Isabela passou a ser quase uma mãe para mim e isso não me incomodava, porque eu sabia que era preocupação comigo”, acrescenta.
Para Isabela, a mãe é sua maior amiga e sempre leva em consideração a opinião da sua genitora antes de tomar qualquer decisão. “Ela nunca me prendeu e sempre que queria fazer alguma coisa me orientava e isso foi me deixando cada vez mais à vontade. Muitas vezes ela achava errado o que eu ia fazer, mas não me reprimia, sempre encontrava um jeito de me mostrar que aquilo não era o melhor para mim. E tudo que acontece na minha vida até hoje eu sempre falo primeiro para ela. Qualquer problema que tenha no trabalho, em casa, no casamento eu sempre peço os conselhos dela, a partir disso é que vou refletir e decidir o que fazer”, declarou. (W.B)
Confiança e respeito
Meire Leal compartilha que se o diálogo fosse sempre impedindo e negando logo de início os desejos e vontades da filha, como muitas mães fazem, afastaria e não conseguiria estabelecer uma relação de confiança, que era seu objetivo. “Eu tinha a estratégia e fazia diferente, dizia: 'Filha, você pode fazer, mas se fosse eu faria diferente' e assim ela já escutava e refletia como uma amiga e não como uma mãe que estava impondo o que fazer, e sempre foi assim”, enfatiza.
Para a filha, a experiência de vida e cuidado de mãe ajudam a ter uma visão mais consciente para as mais variadas situações da vida. “Eu ganhei também essa amizade com a Isabela, porque eu sempre me dei muito bem com as amigas dela, tanto que até elas queriam se abrir comigo, contar os seus segredos e me diziam que queriam que as mães delas fossem igual a mim. Eu ouvia muito essa frase”, destacou.
A empresária afirma que é muito feliz por entender que a sua estratégia de uma relação aberta com os filhos deu certo e se criou um laço de confiança, respeito e amor. “Olho para meus dois filhos hoje e vejo que a relação que queria criar com eles deu super certo, do jeito que eu sonhei. Sou realizada porque consegui cumprir todas as etapas como mãe, criei meus filhos, se formaram e hoje estão casados e vivendo as suas vidas de forma independente, por isso, hoje sou a mulher mais feliz do mundo, porque tenho duas pessoas maravilhosas, inteligentes, trabalhadoras e são muito amigas”, disse.
Para este domingo de Dia das Mães, Maria Leal e os filhos programam um dia repleto de comemorações. “Este Dia das Mães vai ser mais especial ainda porque já tem uns 5 anos que passamos a data trabalhando, mas neste ano vamos celebrar e nos divertir ao acordar até anoitecer”, finaliza Isabela. (W.B)