As tentações para fazer as compras de final de ano chegam com tudo, através de propagandas, sites, além das redes sociais. As empresas se animam com a chegada do 13º salário por parte dos consumidores, e tentam seduzi-los de forma que não sabiam do desejo por determinado produto.
É nesse momento, que muitos devem tomar cuidado para não começar o ano endividado. Coisa que o estudante Fauno Mendes diz ser o ponto em que muitos encontram desafios, e é preciso ter cautela ao comprar. "O cuidado para não ter prejuízo para quem gosta de comprar é algo complexo, pois acredito que a pessoa quase nem pensa nisso".
Economistas afirmam que a consciência e o planejamento devem ser levados em conta. Segundo o economista Manoel Moedas, as compras devem ser pensadas.
"É interessante aproveitar o final do ano e verificar quanto tem guardado, para assim, gastar na compra de alguma coisa para as crianças ou de consumo próprio. Ou então deixar guardado, para depois, colocar na poupança".
Ainda assim, empresas usam do merchandising prometendo autenticidade e facilidade no pagamento, principalmente a prazo, dando descontos de 5, 8 e até 10 vezes, com e sem juros. Porém, o consumidor deve atentar que o pagamento a prazo pode gerar uma "bola de neve".
E o Procon atenta para os enganos. "O consumidor acredita que o negócio está restrito a ele e ao estabelecimento. Mas, na verdade, existe um terceiro elemento nessa transação: o agente financiador, que pode ser um banco ou uma financeira, pois poucas lojas possuem crediário próprio".
Além do Procon, consultores financeiros dão dicas de como o consumidor deve panejar suas compras de final de ano. Caso esteja endividado, vale tentar negociar com o banco e em seguida usar o 13º salário para quitar os juros mais altos.
Se tem dívidas, porém elas estão em dia, o consumidor pode usar o que sobrar para usar com as contas que vão chegar no começo do ano. Já para os que não tem dívidas e conseguiram poupar algum dinheiro, pode usar seu dinheiro para comprar os presentes à vista, e assim, não se endividar.
Jovens apresentam maior índice de inadimplência
Segundo dados do Indicador de Educação Financeira (INEF) de 2014, do Serasa com o IBOPE, um grupo entre 16 e 24 anos é o que apresenta a maior taxa de inadimplência, de 35%.
Entre os consumidores de 25 e 34 anos, a taxa de inadimplência é de 25%; na faixa entre 35 e 44 anos, 20%; de 45 a 54 anos, 16%; e as pessoas com mais de 55 anos, 21%. Além disso, 41% dos jovens, entre 16 e 24 anos, admitem uma tendência para a compra realizada por impulso, sem pensar nas consequências.
Por isso mesmo, empresas de vestuário e eletrônicos investem nos jovens, pois são esses que mais consomem e não esperam somente o natal para comprar, sendo que basta ir a alguma loja, e se o produto agradar, o levam.
Porém existem jovens que não caem na tentação dos shoppings centers, são jovens, que na sua maioria, tem um bom planejamento familiar e ainda ajudam os amigos como poupar e evitar gastos exorbitantes.
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