O trecho da Transnordestina no Piauí será priorizado na retomada de obras da ferrovia, garantiu o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, durante reunião com o governador Wellington Dias, em São Paulo.
O presidente informou que já existe R$ 1,248 bilhão destinado para a retomada das obras, aguardando apenas a liberação, sendo que R$ 850 milhões são do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), R$ 365 milhões do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e mais R$ 33,5 milhões da empresa pública Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.
Steinbruch disse que, mediante a liberação do recurso, todos os trabalhadores serão recontratados e o trecho piauiense será priorizado. “Queremos finalizar logo as obras no território piauiense, ligando o município de Eliseu Martins ao Ceará, para garantir que a ferrovia já possa ser utilizada no escoamento da produção agrícola e de minérios. Nossa previsão é que essa parte seja concluída no primeiro semestre de 2018. Logo depois iremos focar a obra no trecho do Ceará e Pernambuco”, declarou o presidente.
Um cálculo feito pela CSN e pela Transnordestina Logística S.A. estima que sejam precisos R$ 120 milhões por mês para dar andamento à obra. Wellington se comprometeu em unir forças com o governador do Ceará, Camilo Santana, para irem ao congresso articular a liberação dos recursos. “Irei me articular com o governador do Ceará para, junto com a bancada em Brasília, conseguirmos acelerar a liberação desses recursos. Essa obra representa muito para nosso estado, tanto pelo desenvolvimento logístico quanto pela geração de emprego e renda. Irei fazer tudo que for possível para que ela volte a operar”, assegurou Dias.
A Transnordestina é a maior obra brasileira em construção e irá ligar o município piauiense de Eliseu Martins aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. A malha ferroviária é de 1.753 quilômetros, passando por 81 municípios em três estados diferentes. Ao longo do trajeto, terão 300 pontes e viadutos. Quando concluída, terá a capacidade de transportar 30 milhões de toneladas por ano, beneficiando cerca de 500 mil pessoas da região.