Crise: Garotas de programa voltam para casa sem faturar

Crise derruba clientela e prejudica a “profissão mais antiga”.

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Sentada no bar, Bia é a mais calada entre duas garotas. Aos 20 anos, ela tem os gestos e a voz que cabem justos em seu corpo franzino.

Não fosse o semblante desconfiado e, ainda assim, ela se destacaria. A pele pálida, os olhos negros realçados pela maquiagem discreta e o vestido mais comportado do que a média local, fazem dela algo diferente. É sua quarta vez.

Na outra ponta do balcão, Fernanda, 22. Blusa decotada, shortinho jeans, é mais despachada e direta. Sempre com um copo de caipirinha nas mãos, a morena circula pela boate com a destreza de uma veterana. Não é o caso. É ainda mais novata do que Bia. É apenas sua terceira vez.

Nenhuma delas vai voltar para casa com dinheiro em São Paulo –R$ 150 por 40 minutos de sexo em um dos quartinhos abafados nos fundos da boate.

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