Crimes ambientais geram R$ 35 mil em multas

Criação clandestina e abate de animais são as principais ocorrências, que levaram a Semar a lavrar 12 autos de infração somente neste ano para coibir essas práticas criminosas.

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A captura e criação clandestina de animais silvestres ainda impacta na natureza local. Só este ano, já foram mais de 10 ações da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) no intuito de coibir essas práticas que prejudicam intensamente a fauna piauiense. Segundo a Semar, até  agora, foram lavrados 12 autos de infração, totalizando aproximadamente R$ 35 mil em multas. 

Os  crimes ambientais compreendem toda e qualquer ação que danifique a natureza  ou possa resultar em danos à fauna e flora. Recentemente, uma operação ambiental apreendeu uma arara e outras aves silvestres em cativeiro no município de Santa Filomena, a 927 Km de Teresina. A ave, que era usada como animal de estimação, é a arara-canindé, que estava aprisionada em uma jaula com menos de 1 metro quadrado. O animal foi encaminhado para o Zoobotânico e será avaliado por uma equipe de veterinários.

Renato Nogueira, auditor-fiscal  e gerente de fiscalização da Semar, explica que existem dois tipos de crimes ambientais mais comuns que acometem os animais silvestres: a criação sem autorização e o abate.

Arara-Canindé resgatada | Crédito: José Alves Filho

"Os animais mais criados em cativeiros são as aves, como papagaio, curió, chico-preto, sabiá e bigode,  os preferidos por criadouros clandestinos", falou.

A multa para quem captura e mantém em cativeiro qualquer animal silvestre é de R$ 500. Já para quem captura os animais que estão na lista de espécies ameaçadas, a multa é de R$ 5.000.

A morte de pacas, tatus, veados e caititus lidera nas apreensões de carnes de "caça" em todo o Estado, segundo o auditor-fiscal. As operações que buscam coibir essas práticas criminosas já passaram por São Raimundo Nonato, Curimatá, Corrente, Uruçuí, Sebastião Leal, Barro Duro, Teresina, Parnaíba e Barras e percorrem todo o Estado.

Os procedimentos realizados a partir do momento que a fiscalização se depara com os casos de animais abatidos é o descarte da carne, já que não serve para o consumo e pode conter doenças por não passar pelo controle sanitário.

"Os animais criados sem autorização, aqueles que são avaliados como aptos a voltarem para a natureza, são levados a locais seguros longe de populações. Já os que são encontrados em situação de maus-tratos, são transportados para o centro de triagem localizado no Parque Zoobotânico de Teresina", falou o auditor-fiscal.

Por lei, não é permitido capturar animais silvestres fora dos sistemas de legalização. Mesmo uma criação de longo tempo, é crime e não existe um procedimento para legalizar a prática em tais casos.

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