Uma criança de quase 1 ano e 5 meses morreu na madrugada desta quarta-feira (17) após ter sido picada por um escorpião em uma creche no Guará, no Distrito Federal. O acidente ocorreu na tarde desta terça. O garoto foi levado para o Hospital Regional do Guará e transferido de helicóptero para a UTI do Hospital Brasília, no Lago Sul.
À noite ele teve complicações cardíacas e, durante a madrugada, sofreu uma parada cardiorrespiratória. O enterro do menino estava previsto para o final da tarde desta quarta. O pai do garoto disse que não responsabiliza a creche pelo ocorrido porque, segundo ele, escorpiões são uma ?praga urbana?.
O escorpião foi levado para a unidade da Vigilância Ambiental no Guará. Até o início da tarde desta quarta-feira, a espécie não havia sido identificada. Técnicos do órgão fizeram uma visita à creche nesta tarde para identificar eventuais locais onde os animais podem se reproduzir e encontraram dois escorpiões amarelos na caixa de esgoto.
Apesar disso, a creche aendia todos os requisitos de segurança, segundo a avaliação dos técnicos que estiveram no local. Durante a visita dos técnicos, uma vizinha da creche apareceu com um pote cheio de escorpiões amarelos que ela diz ter encontrado na casa dela.
De acordo com a Vigilância Ambiental, o tipo de escorpião mais comum o DF é o amarelo. A picada do aracnídeo raramente resulta em morte, mesmo em crianças e idosos, os dois grupos mais vulneráveis à peçonha.
Segundo o órgão, não há registro de mortes causadas por escorpiões dessa espécie no Distrito Federal. Os sintomas mais comuns causados pela picada são alergia, dor forte e irradiante, inflamação, inchaço e febre.
Uma forma de reduzir acidentes com escorpiões é manter fechadas frestas e ralos, locais onde o animal costuma se esconder. A manutenção dos encanamentos de água e esgoto também contribuem para controlar a população de escorpiões, que se alimentam de outros insetos, como baratas.