Uma criança, de 9 anos, morreu após achar a arma do pai e atirar na própria cabeça na noite dessa segunda-feira (11), em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. O pai, de 32 anos, declarou à polícia que possui a arma pois é CAC (atirador, caçador e colecionador). A pistola estava guardada em cima de um armário na cozinha da casa da família.
O menino chegou a ser levado para um hospital no município, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado na delegacia de Ferraz de Vasconcelos como homicídio e omissão de cautela, conforme o Estatuto do Desarmamento, e será investigado.
Tragédia
De acordo com o boletim, a mãe do menino contou que estava na sala assistindo televisão com o filho por volta das 20h45. Ela disse que o pai da criança estava deitado no quarto. Segundo a mãe, o filho disse que iria até a cozinha pegar algo para comer.
Depois de alguns instantes, os pais ouviram o barulho de um disparo de arma de fogo. A mãe relatou que eles encontraram a criança caída no chão, ensanguentada com um tiro na região da cabeça. O pai levou a criança imediatamente ao hospital. No boletim, os policiais relataram que a arma estava em cima do armário da cozinha.
No boletim o pai declarou que é CAC (atirador, caçador e colecionador) e tem uma pistola que guarda em diversos locais para que seus filhos nunca encontrem. O pai disse ainda que chegou a mostrar a arma para o filho para que ele soubesse o quanto ela era perigosa, seguindo orientações de que mostrar a arma seria importante para acabar com curiosidades das crianças.
Segundo o depoimento do pai, no dia do crime ele guardou a arma em cima do armário da cozinha com o carregador dentro da mesma, mas sem projetil na câmara, bem como com a trava de segurança acionada. Ele disse que estava no quarto com o outro filho, enquanto a vítima estava na sala com a mãe na sala. Ouviu o tiro e encontrou o filho ensanguentado na cozinha.
O pai afirmou que “acha que o filho tenha dado o golpe para alimentar a arma, bem como tenha destravado a pistola.” Ao ser questionado se ensinou o filho a manusear a arma, ele negou.
Uma perícia foi feita no local, a arma e os projéteis foram apreendidos. De acordo com o boletim o caso será investigado. O boletim foi registrado como homicídio e omissão de cautela conforme o estatuto do desarmamento.