No último domingo, uma terrível explosão em uma lancha deixou três pessoas feridas, e uma criança de 9 anos que teve cerca de 70% de seu corpo completamente atingido por queimaduras de terceiro grau. A explosão do barco ocorreu no Lago Paranoá, localizado em Brasília. A Marinha, responsável pela investigação da causa do incidente, informou que um inquérito foi aberto para apuração do caso.
De acordo com depoimentos das vítimas, a lancha havia parado no posto de combustível no Clube Cota Mil para abastecer o tanque de combustível. Conforme relatado pelo supervisor do estabelecimento, depois disso, ao tentar ligar o motor, o piloto não obteve sucesso. Foi durante uma segunda tentativa de fazer o motor da embarcação funcionar, que a grande explosão aconteceu.
Segundo ainda algumas informações da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, três indivíduos sofreram ferimentos no incidente, com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. A criança de nove anos sofreu queimaduras em 70% de seu corpo, afetando áreas como rosto, tórax, braços e pernas. Atualmente, ela está sendo tratada na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital da Criança.
O pai da criança, um homem de 42 anos, apresentou queimaduras em 40% de seu corpo, incluindo rosto, braços e pernas. Um idoso de 68 anos, a terceira vítima, sofreu queimaduras de primeiro grau. Ambos também foram internados no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Apesar disso, as outras quatro pessoas que também estavam a bordo da lancha não sofreram ferimentos.
A Polícia Civil do Distrito Federal já realizou uma inspeção na embarcação, mas ainda não foram divulgadas informações sobre a real causa da explosão. A equipe investigativa está aguardando a alta hospitalar das vítimas para conduzir os depoimentos. A lancha permanece isolada no local da explosão, situado no Clube Cota Mil, no Setor de Clubes Esportivos Sul.
A Marinha do Brasil se pronunciou recentemente em nota, informando que a Capitania Fluvial de Brasília ajudaria na investigação abrindo um inquérito administrativo para apurar as causas do incidente terrível, além das circunstâncias e das responsabilidades. Em nota, o órgão também lamenta pelos feridos e pelo acidente, reforçando "a importância da execução das devidas manutenções nas embarcações, bem como do rigoroso cumprimento de procedimentos de segurança durante os reabastecimentos".
De acordo com a Marinha, as medidas de segurança corretas que devem ser tomadas durante o abastecimento incluem averiguar o "arejamento do compartimento do tanque de combustível durante ao menos quatro minutos após o abastecimento e a verificação da integridade do sistema de combustível, certificando-se de não haver vazamentos no compartimento dos motores".