Uma menina de três anos, que está internada no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, aguarda há mais de dois anos por um transplante de intestino. O médico responsável pelo caso, Miguel Agulhan, explicou que a menina tem síndrome do intestino curto e que o transplante não é realizado no Brasil.
"Primeiro porque ela é muito pequena e segundo porque não existem experiências no país sobre esse tipo de transplante com ascensão". O custo para a realização do procedimento é alto, segundo Agulhan, e a família não tem condições financeiras para bancar.
Para tentar ajudar, o médico entrou com um pedido junto ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) para garantir que os governantes assumam os custos do transplante, mas até as 8h30 desta quarta-feira (21), ele não tinha obtido uma resposta. A menina corre risco de morte, segundo ele.
Um médico de um instituto de transplantes em Miami, nos Estados Unidos, também se solidarizou com o caso e se comprometeu a fazer o transplante sem cobrar os custos da equipe médica. Contudo, os gastos hospitalares não serão custeados.
O advogado da Comissão da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Martin Palma afirma que o direito à saúde é um dever do estado. "É um direito de todo cidadão. Já sabemos que há um tratamento em Miami que consegue realizar o procedimento e vamos buscar no Judiciário com todas as nossas armas para que o caso seja deferido".