É tradição: o teresinense gosta mesmo de uma boa comida pesada depois de voltar das festas. E no primeiro dia do ano não será diferente, pois muitos sairão de manhã das comemorações de Ano Novo em direção a um ponto de alimentação para matar a fome matinal. Destes locais, um dos mais procurados, sem dúvida, é o Mercado da Piçarra, que se destaca por sua gastronomia carregada de identidade e sabor.
E as cozinheiras do espaço já estão se preparando para a comilança do dia 1º de janeiro. Os pratos fazem horror a qualquer nutricionista, mas o tempero compensa (e muito!) às papilas gustativas dos festeiros de plantão.
Sarapatel, mão-de-vaca, a tradicional panelada, bolo frito, cuscuz, entre outros. O cardápio é de se perder em calorias, e rende muita energia para quem passou a noite inteira dançando e se divertindo com os amigos.
A variedade dos pratos é o diferencial do Mercado da Piçarra. E quem vive de cozinhar esse tipo de comida – que exige tempo e técnica – a preparação tende a começar na véspera para nenhum prato sair atrasado. “Estou me preparando com muita mão-de-vaca, panelada, sarapatel, carneiro, leitão, cachorro-quente e muitos caldos. A gente começa a se preparar no dia anterior pra poder dar conta”, relata a vendedora Antônia Rodrigues.
A permissionária, que trabalha há 25 anos no Mercado da Piçarra, atesta a tradição gulosa do teresinense. “Mesmo com muita gente indo pro litoral, tem um pessoal que fica aqui. O teresinense gosta de comida farta depois das festas, e a gente percebe isso com as vendas. O pessoal gosta muito de comida de caldo porque mata a ressaca”, revela Antônia.
Outra que também já entrou no clima de preparação para o réveillon é a cozinheira Raimunda dos Santos, conhecida em todo a Piçarra como “Tia Raimundinha”: “O pessoal come muito quando chega das festas de madrugada! A campeã aqui de madrugada é a panelada, bate recordes, mas quando amanhece, depois das 6h da manhã, o pessoal toma mais é café com bolo frito. O assado de panela também sai muito”, finaliza.
Negócio familiar gera renda em Teresina
Em tempos em que os preços sobem e o salário encurta, muitas famílias acabam procurando um meio de complementar a renda aos finais de semana. Mas, às vezes, o negócio dá tão certo que o que antes era visto como acessório, passa a ser a principal fonte de renda dessas pessoas, que apostam no empreendedorismo, criatividade e, claro, um toque diferencial caseiro que chama a clientela pelo cheiro.
Foi isso que aconteceu com Neurany Carvalho, Elias Sales e Caio Sued. A família começou a vender churrasco na porta de casa, na Avenida Santos Dumont, bairro Vila Operária, zona Norte de Teresina, e o negócio está de vento em popa. Embora eles só abram de quarta a domingo, em apenas uma semana o trio chega a vender de 150 a 200 frangos desossados. E o cardápio também inclui linguiça, costela – que é vendida a peça inteira assada na brasa, e com acompanhamentos.
Os churrascos de família acabaram virando negócio sério com a venda de frangos desossados. “Após nossos churrascos aos domingos, tivemos a ideia de montar esse negócio. Criamos um tempero próprio, que acabou fazendo sucesso e virando nossa principal fonte de renda. Hoje nós conseguimos viver apenas da venda dos churrascos”, afirma Neurany.
E a aceitação do público é grande. De acordo com Elias, vem gente de toda a cidade para experimentar o frango da família: “É um dos melhores frangos de Teresina, e quem diz isso é quem experimenta, e não nós que estamos fazendo. Temos concorrentes bem maiores que a gente, mas conseguimos competir do nosso jeito, com nosso diferencial”, explica.
E os preços são bastante acessíveis. Uma peça de frango desossado custa apenas 33 reais, e dá para fazer o almoço de domingo de uma família inteira. A peça de costela é vendida a 30 reais e a linguiça toscana tem o preço mais popular, que é de apenas 2 reais por unidade.
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