Correios entram no programa de privatização do Governo

O decreto que dispõe sobre a inclusão foi publicado nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial da União.

Correios entram no programa de privatização do Governo federal | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND). O decreto que dispõe sobre a inclusão foi publicado nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial da União.

Na semana passada, o presidente da República, Jair Bolsonaro, já havia aprovado a inclusão da Empresa Brasil e Comunicação (EBC) e da Eletrobras no PND, que também foram objetos de recomendação do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI).

O conselho optou pela venda total da empresa, em vez do fatiamento, que poderá ser a venda majoritária (em que o Estado continua como acionista minoritário) ou venda de 100% das ações. A inclusão dos Correios no programa foi definida em reunião ainda no mês passado, faltando apenas a aprovação presidencial para o andamento dos processos. 

Os primeiros estudos quanto à privatização da estatal foram feitos pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e analisaram modelos de desestatização do mercado postal em outros países, recomendando a empresa para o PND, onde será iniciada a segunda fase dos estudos. 

Essa nova etapa será implementada ao longo deste ano pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e detalhará o modelo a ser adotado para a desestatização do setor postal. O governo não apresentou cronograma, mas estão previstos debates com a sociedade, com investidores e com empregados e a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os aspectos da modelagem e os documentos jurídicos.

A venda dos Correios depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei (PL) que quebra do monopólio estatal e regulamenta a abertura do mercado postal à iniciativa privada. O texto foi apresentado em fevereiro pelo governo federal.

Correios são incluídos no programa de privatização de empresas estatais | FOTO: correios  - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Chamado de Marco Regulatório para o setor postal, o texto também define a obrigatoriedade do cumprimento de metas de universalização e qualidade dos serviços e estabelece a criação da Agência Nacional de Comunicações, em substituição à atual Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que passará também a regular os serviços postais.

A privatização dos Correios  vem sendo discutida há anos no âmbito do governo federal e é motivo de protestos de funcionários da estatal.

De acordo com o governo, o desenvolvimento adequado dos serviços postais brasileiros demanda um patamar de investimentos que o setor público não consegue prover. “Além disso, a União deve concentrar os seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais”, explicou em nota.

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