Corpo de Zilda Arns chegou em Brasília na madrugada desta sexta-feira (15)

Médica de 75 anos morreu vítima do terremoto que atingiu o Haiti

Médica foi fundadora da Pastoral da Criança | Agência Estado
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O corpo da médica Zilda Arns, vítima do terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira, chegou ao Brasil por volta das 3h30 desta sexta-feira (15). A previsão é que uma outra aeronave siga por volta das 8h desta sexta para Curitiba, onde ocorre o velório.

No mesmo voo estava presente o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A cerimônia está marcada no Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná, e deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segundo informações da Pastoral da Criança.

O senador Flávio Arns (PSBD-PR), sobrinho de Zilda, confirmou ao R7 que o corpo foi liberado pelas autoridades do país caribenho na última quinta-feira. O senador Flávio Arns embarcou para o Haiti na última terça-feira para conseguir a liberação do corpo da tia e negou que Zilda a tia tenha ficado soterrada. Ele contou que a médica foi à igreja para dar uma palestra para 150 pessoas, mas já tinha terminado o discurso quando o tremor começou.

Jobim afirmou que os primeiros militares brasileiros que morreram no Haiti devem chegar ao Brasil no sábado (16) por conta da burocracia para liberação dos corpos.

A quantidade de mortos em Porto Príncipe pode chegar a 50 mil, mas não há número oficial divulgado pelo governo do Haiti.

Zilda Arns Neumann tinha 75 anos, era médica pediatra e sanitarista, fundadora da Pastoral da Criança, organização presente em mais de 20 países. Em 2006, ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz junto com outras 999 mulheres de todo o mundo. Nascida em Santa Catarina, ela morava em Curitiba. Zilda criou cinco filhos com o marido, morto em 1978. Uma de suas filhas, Sílvia, morreu em 2003 em um acidente de carro. Ela era avó de dez netos.

Ao menos 14 militares brasileiros morreram no país, além de Zilda.

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