Instituições, órgãos, empresas em geral e motoristas, a partir de 1ª de janeiro de 2015, devem ficar atentos para a mudança de extintor de incêndio do tipo BC para o ABC.
Dentre as vantagens da mudança está o tempo de validade do extintor BC, que dura três anos, já o ABC tem validade de até cinco anos. Além disso, o novo equipamento está apto a combater incêndios do tipo “A”, que envolvem materiais como roupas, papéis, pneus, tapetes e estofados de automóveis.
De acordo com o tenente do Comando do Corpo de Bombeiro, Lira, o novo extintor é à base de pó, fator que evita que os demais equipamentos que estão próximos danifiquem e ainda proporciona ao operador do extintor de incêndio maior visibilidade durante o manuseio.
“A diferença entre um extintor e o outro é que o extintor anterior é à base de bicarbonato de sódio, um extintor que produz um efeito de maresia nos equipamentos eletrônicos ou ferragenosos. Por exemplo, numa sala fechada, se ele for utilizado em um equipamento em princípio de incêndio, todos os outros equipamentos próximos a este será danificado.
Já o ABC, que é à base de pó, trabalha em cima de extinguir o incêndio apenas retirando um dos três elementos, que é o oxigênio do local. Ele é lançado do equipamento e não fica em suspensão no ambiente, facilitando até mesmo o campo de visão do operador do extintor”, explica o tenente Lira.
Segundo o tenente Lira, este tipo de extintor de incêndio já vem sendo utilizado há cerca de três anos e, na fase de transição, será advertido quem for pego com o extintor anterior, do tipo BC.
“Na verdade ele já está sendo utilizado há uns dois ou três anos. Agora está sendo obrigatório. E não será mais permitido fazer o dimensionamento com o BC. Nesse caso, existe um momento de transição, a pessoa será apenas advertida para que ela realize a troca do equipamento. É uma norma nacional, que serve para veículos e empresas”, revela o tenente do Comando do Corpo de Bombeiro.
Para além do fogo: o que mais faz um bombeiro?
Que os homens e mulheres que fazem parte do Corpo de Bombeiros são verdadeiros heróis do cotidiano todo mundo sabe, mas engana-se quem pensa que esses profissionais só lidam com fogo. Dentre as muitas atribuições do ofício, os bombeiros têm como principal objetivo salvar vidas, não importa se é no seco ou no molhado.
Além de evitar incêndios e afogamentos, os bombeiros também são responsáveis pelo resgate de animais em situação de risco, principalmente os felinos, que não costumam ter medo de andar, se enfiando em buracos menores que eles mesmos ou subindo em árvores e postes demasiadamente altos.
Segundo o tenente Arnaldo Vasconcelos, o resgate de animais é uma das ocorrências mais comuns: “Sempre que somos acionados sobre ocorrências de animais domésticos, seja gato, cachorro ou outro, que estejam em local de risco e impossibilitado de sair por conta própria, uma equipe é encaminhada para dar assistência”, atesta.
Dentre os casos de animais presos, os canos de tubulação são um dos principais fatores. “Às vezes eles ficam com a cabeça presa em uma grade, mas a maioria dos casos é quando eles entram em uma tubulação e ficam presos.
Constantemente aparece esse tipo de ocorrência, e logo damos um retorno”, declara Vasconcelos.
Multa por não usar extintor no veículo é de R$ 127,69
O Detran também tem se mobilizado para conscientizar a população dessa mudança, que segundo o artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), coloca o extintor como uso obrigatório nos veículos automotores, elétricos, reboque e semirreboque. Ao conduzir o veículo sem equipamento obrigatório, ou estando ineficiente ou inoperante, a infração é considerada grave, gerando multa de R$ 127,69, cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do proprietário do veículo, e ainda de medida administrativa, como a retenção do veículo para regularização.
A regra vai se aplicar em todo território nacional, foi instituída devido ao maior prazo de validade do novo extintor e pela eficácia no combate ao fogo em materiais sólidos. O extintor custa, em média, R$ 60 e dura cinco anos.
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