Controladores de tráfego aéreo da NAV Brasil desistem de entrar em greve

A decisão de suspender a paralisação ocorreu em resposta à determinação da Justiça do Trabalho, que proibiu a interrupção dos serviços

Após proibição da Justiça, controladores de voo desistem de greve | Reprodução
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Os controladores aéreos da empresa estatal NAV Brasil, representados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV), decidiram cancelar a greve que estava prevista para segunda-feira (09).

A decisão de suspender a paralisação ocorreu em resposta à determinação da Justiça do Trabalho, que proibiu a interrupção dos serviços e estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

Conforme já divulgado na semana pássada, a Justiça determinou que todos os funcionários envolvidos no controle do tráfego aéreo do país, um total de 100%, continuassem operando normalmente.

Segundo a decisão proferida pelo ministro José Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), 90% dos empregados ligados às atividades de segurança e operação aérea deveriam manter suas funções em operação normal.

Para os demais trabalhadores, que não têm relação direta com o controle do tráfego aéreo e a segurança, a paralisação poderia afetar até 40% das operações.

A NAV Brasil havia solicitado à Justiça que declarasse o movimento grevista como ilegal, no entanto, essa solicitação não foi atendida. A estatal expressou surpresa diante da convocação feita pelo sindicato, alegando que a paralisação ameaçaria a segurança nacional, a navegação aérea e os usuários. Além disso, ressaltaram que os horários previstos para a greve coincidiam com os momentos mais críticos para o tráfego aéreo nacional.

Inicialmente, os controladores de voo planejavam interromper suas atividades por uma hora, das 7h às 8h, na segunda-feira. Caso não houvesse acordo até o dia 16, a intenção era expandir o período de paralisação para duas horas diárias, das 7h às 8h e das 18h às 19h, sempre nos horários de maior movimento.

O sindicato reivindica um aumento salarial de 8,5% para os trabalhadores, bem como melhorias no auxílio-saúde e a abertura de novos concursos para contratação de pessoal nos setores administrativo e operacional da NAV Brasil. Por outro lado, a empresa propôs um aumento salarial de 4,83%, mas essa oferta foi recusada pelo sindicato.

Se a greve tivesse acontecido, voos em 23 aeroportos do país teriam sido afetados, incluindo importantes terminais como Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), potencialmente causando um caos no tráfego aéreo.

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