A conta de luz dos brasileiros seguirá mais cara em setembro, mês em que vai vigorar a bandeira tarifária vermelha nível 2, o nível mais alto para as cobranças adicionais. Com isso, a conta de luz continua com uma taxa extra de R$ 5 a cada 100 kW/h (quilowatts-hora) consumidos.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (31) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).De acordo com a agência, a manutenção da bandeira vermelha 2 deve-se à "condições hidrológicas ainda desfavoráveis e um baixo nível de armazenamento nas hidrelétricas, principal fonte de geração [de energia] do país".
O sistema tarifário aumenta o custo da energia em momentos de escassez de geração, quando podem ser acionadas bandeiras amarela, vermelha 1 (rosa) ou a vermelha 2.
De janeiro a abril, vigorou no país a bandeira verde, que não tem cobrança de taxa extra na conta de luz. Em maio, foi acionada a bandeira amarela, com cobrança adicional de R$ 1 a cada 100 kW/h. Em junho, a taxa extra subiu para R$ 5 a cada 100 kW/h com o acionamento da bandeira vermelha 2, que foi mantida em julho e em agosto.
POUCA CHUVA, CONTA MAIS CARA
Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.
Foi criado, então, o sistema de bandeiras tarifárias, uma cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia, que passaram a valer a partir de janeiro de 2015.
A Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.