Nesta terça-feira, 15 de junho, o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que a bandeira vermelha, que é a bandeira mais cara cobrada na conta de luz dos brasileiros, deve subir mais de 20%.
O fato se dá por conta do baixo nível dos reservatórios de água que faz com que as usinas térmicas sejam acionadas e isso afeta o consumidor por meio da bandeira tarifária na conta de luz.
Em junho, está vigente a bandeira vermelha nível 2, a mais cara, que cobra R$ 6,24 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. A agência discutia elevar essa cobrança para R$ 7,57 a cada 100 kWh. “Mas, com certeza, deve superar isso”, declarou Pepitone em audiência pública na comissão de Minas e Energia da Câmara para discutir a crise hídrica.
Ele informou ainda que a decisão deverá ser comunicada em junho. Pepitone ressaltou que o aumento se deve ao pagamento do uso das usinas térmicas, cuja geração de energia é mais cara.
O diretor geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Carlos Ciocchi, informou que estão sendo adotadas medidas para que não seja preciso o racionamento de energia este ano. Apesar de admitir que a situação é preocupante, ele apresentou as ações contra o risco de apagão. Entre elas, a flexibilização de restrições hidráulicas nas bacias dos rios São Francisco e Paraná; aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas; aumento da importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia e antecipar obras de transmissão.