O médico ginecologisa e obstetra catarinense Edison Fedrizzi teve a licença do exercício profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina. Ele foi condenado por violação sexual pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em abril deste ano, em 2ª instância.
A informação foi confirmada pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catatina depois da publicação de reportagem mostrando que o médico continuava dando aulas na Universidade Federal de Santa Catarina mesmo após a condenação.
Fedrizzi foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina em 2018 por crime de violação sexual mediante fraude.
Conforme testemunhas e vítimas, com pretexto de fazer exames ginecológicos, ele fazia perguntas relacionadas à vida sexual das pacientes e as tocava em partes íntimas.
O médico foi condenado em primeira instância em agosto de 2020. Em abril deste ano, a 3ª Câmara Criminal do TJ-SC manteve a condenação e a pena de oito anos, 11 meses e 10 dias de reclusão, "em razão da existência de provas robustas". O processo corre sob segredo de justiça e o Fedrizzi ainda não está preso, pois recorre da decisão.
O médico foi procurado para comentar a decisão do CFM, mas não respondeu ao pedido de entrevista até a publicação deste texto.
Com a publicação da decisão, as aulas dadas por Fedrizzi, como médico, também devem ser suspensas.