O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou nesta quarta-feira (2) que está com a consciência "100% tranquila" em relação às investigações sobre candidaturas laranjas no partido dele, o PSL, em Minas Gerais.
Álvaro Antônio presidiu o diretório mineiro do PSL no período da suspeita de uso, pelo partido, de quatro candidatas laranjas que disputaram cargos de deputada estadual e federal nas eleições de 2018.
Nesta segunda-feira, dois assessores e um ex-assessor do ministro foram indiciados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento no caso.
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"O que eu posso afirmar é que, à frente do partido [PSL] em Minas Gerais, sempre agi estritamente dentro da legislação eleitoral. Jamais orientei ou sentei com qualquer candidato, orientei qualquer pessoa em meu nome. Então, minha consciência ela é 100% tranquila", afirmou o ministro.
"Não tenho dúvida que, num breve espaço de tempo, vai ser comprovada a minha lisura à frente do partido no estado de Minas Gerais. Permaneço tranquilo, trabalhando focado na geração de emprego e renda. O turismo é uma importante vertente da economia, e o trabalho continua absolutamente tranquilo, problema nenhum", comentou.
O ministro falou com jornalistas em Mato Grosso do Sul, ao participar da reinauguração do aeroporto de Bonito, a 298 quilômetros de Campo Grande. Ele também viajou ao estado para lançar pacote de investimentos para o setor de turismo.
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Assessor preso em operação
Um assessor especial do ministro foi preso em 27 de junho em operação da PF que investigou as supostas candidaturas de laranjas do PSL. Mateus Von Rondon foi detido em Brasília.
Além dele, foram presos em Ipatinga (MG) um dos coordenadores da campanha de Álvaro Antônio à Câmara dos Deputados em 2018, Roberto Silva Soares, e um ex-assessor do ministro na Câmara dos Deputados, Haissander Souza de Paula.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (2) que tomará uma "providência" caso seja confirmada a participação do ministro.
Questionado se avalia mudar o comando da pasta, Bolsonaro respondeu que é preciso ter "acusação grave" e com "substância" sobre a participação do atual ministro no esquema de desvio de recursos de financiamento de campanhas políticas investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Eleitoral.
(Com informações do G1)