Conjuntivite “salva” gêmeas de ataque em escola de Realengo

Elas eram aguardadas na unidade de ensino para realizarem provas de História

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As gêmeas Rebeca e Esther Freitas, 11 anos, alunas do 6º ano da Escola Municipal Tasso da Silveira, escaparam do ataque de Wellington Menezes de Oliveira. Estudantes do turno da tarde, elas eram aguardadas na unidade de ensino para realizarem provas de História na manhã da última quinta-feira, depois de ausência na avaliação dias antes.

Ao acordar, a mãe, Carmem Freitas, 45 anos, notou um inchaço nas pálpebras de Rebeca, e, por isso, não levou as meninas ao colégio. "Jamais imaginaria a consequência da minha decisão. Hoje, poderia estar chorando depois de enterrar minhas meninas. Agradeço ao inchaço". As gêmeas moravam bem próximas de duas vítimas fatais do assassino: Laryssa Silva Martins, 13 anos, e Luisa Paula da Silveira, 14 anos, que costumavam brincar com as irmãs salvas.

Atentado

Um homem matou 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

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