O governo da Rússia afirma ser uma de suas mais poderosas armas. E a qualifica como "invencível", "indetectável" e "sem limitação de alcance", capaz de cruzar os polos e de provocar o mesmo impacto tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
A confirmação que os russos estavam construindo um super míssil veio no ano passado, mas foi somente no início deste mês que o presidente Vladimir Putin garantiu que os testes desse novo sistema haviam "entrado em uma fase ativa".
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou na sexta-feira (30) que aprovou com êxito seu novo míssil balístico intercontinental, o RS-28 Sarmat, que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) chama de "Satan 2".
Os russos publicaram um vídeo de seu lançamento e, de acordo com a agência estatal Sputnik, o míssil foi disparado a partir da base Plesetsk, em Arkhangelsk, perto do Circulo Polar Ártico. Foi o segundo teste de que se tem notícia, desde dezembro passado.
Segundo o comunicado, o Sarmat é "capaz de atacar alvos através do Polo Norte e do Polo Sul" e pode chegar a pontos tão distantes como os EUA e a Europa.
Depois do lançamento, o porta-voz do Pentágono, Johnny Michael, assegurou que os EUA não receberam nenhum aviso de Moscou sobre o teste. "Deixo para o Ministério da Defesa da Rússia explicar onde um teste de ejeção se enquadra nos estágios iniciais do desenvolvimento de um programa de mísseis intercontinentais e até onde o objeto em questão viajou", disse Michael.
Até o momento, não se sabe o alcance real do míssil testado na sexta tampouco a trajetória que ele percorreu.
Segundo a Estrela Vermelha, publicação do Ministério de Defesa russo, o exercício realizado na sexta foi um pré-lançamento e representa a continuidade da primeira etapa das fases de voo. A agência Sputnik, por sua vez, estima que o míssil estará em funcionamento a partir de 2021 e que a produção em série vai começar em 2020.