Duas pessoas morreram pisoteadas na madrugada deste domingo (12) durante um show do cantor Indio Solari, na cidade argentina de Olavarría. O local estava superlotado, de acordo com a fiscal da cidade.
O subsecretário de Saúde da cidade da província de Buenos Aires, Germán Maroni, confirmou a morte de dois homens, um por politraumatismos e outro por uma parada cardiorrespiratória. Um deles, com 41 anos, se chama Javier León e mora nas Malvinas. O outro não pode ser identificado por não estar com os documentos.
Em entrevista ao "La Nación", a promotora de Olavarría Susana Alonso disse que uma mulher está internada na UTI. Ela disse que a capacidade do espaço "estava superada".
Alonso estimou que, de acordo com as imagens feitas por drones e pela opinião dos peritos, havia "550 mil pessoas" em um espaço com capacidade para 200 mil. Além disso, ela disse que não houve limite na venda de ingressos.
"Algumas pessoas saíram depois da primeira música porque estava impraticável, porque havia muita gente", disse. "Houve venda de ingressos sem limite, e também há gente que entrou sem os mesmos", afirmou Susana Alonso em declarações ao canal de televisão "Todo Noticias".
O jornal "Clarín" relata que o Hospital Municial Dr. Hector M. Cura está sobrecarregado para atender o público que estava no show e recebeu apenas os casos mais graves. Eles divulgaram uma lista preliminar de feridos: Facundo Sarmiento, com corte na parte da trás da cabeça; Veronia Paola Gentile, intoxicação; Rogerio Arroyo e Martin Da Costa, com traumatismo; Olga Eneida Joaquin, com ferimentos no abdômen; e Heliana Montecino, com estresse neurológico.
O acidente aconteceu durante a terceira canção interpretada por Solari, 20 minutos depois do início, quando o cantor interrompeu a apresentação para pedir às pessoas que não pisassem em alguns jovens que tinham caído no chão.
"Devem estar bêbados, não pisem neles", disse o músico, que, depois que as luzes se acenderam pediu a presença da Defesa Civil, segundo testemunhas citadas pela imprensa local.