Pouco mais de uma semana após o presidente dos Estados Unidos ter divulgado o plano da Casa Branca para o Médio Oriente, vários confrontos foram registrados entre palestinos e israelenses na região. Só nesta quinta-feira (6) dois palestinos morreram e cerca de 15 israelenses ficaram feridos em episódios violentos na Cisjordânia.
Vários ataques aéreos israelenses foram dirigidos à Faixa de Gaza em resposta aos morteiros disparados pelos militantes palestinos contra território de Israel.
A polícia israelita comunicou que um dos seus agentes foi baleado quando se encontrava em serviço na fronteira de Jerusalém, tendo as forças de segurança respondido a tiro contra os atacantes.
Perto deste local onde se deu o tiroteio tinha entretanto sido registado uma tentativa de atropelamento de vários militares israelitas.
Eleições em Israel
A menos de um mês das eleições legislativas em Israel, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, voltou a reforçar as garantias de segurança: “O terror não vai nos dominar, vamos vencer”.
“A crescente resistência do nosso povo na Cisjordânia e a sua resistência em Jerusalém é uma resposta ativa contra o acordo de Trump”, declarou um militante do grupo Hamas.
O descontentamento dos palestinos é por causa do acordo desenhado por Jared Kuschner, genro do presidente norte-americano que vem desempenhando o papel de enviado especial à região, e começou assim que Trump surgiu ao lado de Netanyahu, em uma cerimônia que ocorreu na semana passada, em Washington, para apresentar o plano aos jornalistas.
A ausência de representantes palestinos foi um primeiro sinal do descontentamento daquela que é uma das partes mais interessadas em uma solução de paz para a região.
Por outro lado, a proposta foi imediatamente elogiada por Israel, já que garante um poder cada vez maior sobre grande parte do Vale do rio Jordão, a oeste da fronteira com a Jordânia. Um domínio que se manifesta igualmente em parte considerável da Cisjordânia.
(Da RTP – Emissora pública de televisão de Portugal)