A professora de dança Alessandra Andrade que morreu após ser vítima de um duplo atropelamento na Rodovia Anchieta, em Santos, no Litoral de São Paulo, já pensava em se aposentar dos palcos. O motorista responsável pelo segundo atropelamento afirmou que seu carro foi atingido por um outro veículo que com o impulso, fez com que ele passasse por cima da vítima que já havia sido atropelada anteriormente.
De acordo com a polícia, Alessandra, de 43 anos, pilotava uma moto quando, no km 62 da Rodovia Anchieta, foi atingida por um veículo que não parou para prestar socorro. Enquanto outros motoristas, que pararam para ajudar a moça, aguardavam a chegada do SAMU, um outro carro colidiu em um dos veículos que estava estacionado. Ainda segundo a polícia, o carro atingido foi projetado para frente, atingindo Alessandra pela segunda vez. A moça não resistiu aos ferimentos.
Alex Sandro Alves, de 38 anos, é o motorista do veículo que foi atingido durante o socorro à Alessandra. O homem conta que estava voltando para casa quando viu dois rapazes sinalizando o acidente. "Quando parei para ajudar, já tinha gente lá. Os caras estavam fazendo sinais para os motoristas desviarem porque a menina estava em cima da faixa da rodovia", explica.
O motorista conta que desceu do carro para ajudar no socorro a Alessandra e deixou o próprio veículo parado próximo à vítima para preservá-la. "Ela estava em cima da faixa e parei meu carro para tentar proteger ela. Sinalizei o local, coloquei o triângulo e fomos para o acostamento", conta.
Segundo Alex, pouco tempo depois, um outro carro que passava não teve tempo para trocar de faixa ao ver a sinalização do acidente e colidiu na traseira do carro dele que, consequentemente, foi jogado para frente. "Ela foi parar embaixo do meu carro. Não sei como aconteceu. Parei para ajudar e acabei me envolvendo nessa história. É uma pena o que aconteceu com essa moça", desabafa.