Luiz Henrique Ferreira Romão, mais conhecido como Macarrão, conseguiu autorização da justiça para trabalhar como zelador em uma igreja evangélica. Condenado como um dos envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio, o amigo do ex-goleiro Bruno, que também cumpre pena, terá carteira assinada e receberá salário mínimo de R$ 880, além de demais benefícios.
O juiz Pedro Câmara Raposo Lopes, da Vara de Execuções Criminais de Pará de Minas, informou que Mac arrão cumpre os requisitos necessários para receber o benefício. De acordo com a decisão, ele terá que trabalhar das 7h às 17h nos dias de semana e das 7h às 12h aos sábados e será o obrigado a retornar para o Presídio Pio Canedo, onde cumpre pena em regime semiaberto.
O advogado de defesa, Wasley César de Vasconcelos, falou sobre a autorização. Segundo ele, a primeira opção seria desenvolver trabalho como representante uma fábrica de vassouras, mas esta possibilidade foi descartada, já que o réu teria que se deslocar de uma empresa para outra.
"Achamos que isso seria muito inconveniente, porque sendo ele quem é e tendo a fama que ele tem, logo apareceria alguém dizendo que o Luiz Henrique estaria descumprindo a determinação judicial de alguma forma. Por isso, resolvemos esperar um pouco, até que encontrássemos uma oferta de emprego em um local fixo. Surgiu, então, a oferta de trabalho na igreja", disse.
STJ aumenta as penas de prisão do ex-goleiro Bruno e de Macarrão
O ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza e o amigo dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, tiveram suas penas aumentadas pelo Supremo Tribunal de Justiça(STJ). A decisão do ministro Rogério Schietti Cruz acolhe um pedido do Ministério Público, feito após os advogados de Bruno e Macarrão terem conseguido reduzir a pena inicialmente aplicada.
Bruno foi condenado, em outubro de 2009, a quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza Samudio em dezembro de 2010, no processo que corria no Rio de Janeiro desde outubro 2009. E Macarrão tinha recebido condenação de três anos de reclusão por cárcere privado.
A nova sentença aumentou a pena de Bruno para dois anos e três meses de reclusão e a de Macarrão para um ano e quatro meses de reclusão. Essas penas não vão se somar a sentença de Bruno e Macarrão pelo sequestro e morte de Eliza.
Pelo assassinato de Eliza, Bruno foi condenado pela Justiça de Minas Gerais a 22 anos e três meses de prisão. E Macarrão recebeu pena de 15 anos de prisão.