Companhia nacional da Rússia vai emocionar Teresina, diz produtor

O Jornal Meio Norte conversou com o produtor do espetáculo

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O Jornal Meio Norte comemora 20 anos com um dos mais belos espetáculos de ballet: O Lago dos Cisnes, da Companhia Nacional da Rússia, um dos grupos de maior prestígio e trajetória mundiais na história da dança clássica.

O Jornal Meio Norte conversou com o produtor do espetáculo na América Latina, Augusto Stevanovich.

Segundo ele, a estrutura para a apresentação do Lago dos Cisnes, no dia 10 de junho, no Theresina Hall, será o que há de melhor na Europa, com tecnologia de última geração, cenografias em 3D e muita realidade, e para ver esse espetáculo, ingressos à venda na Kalor Produções.

Jornal Meio Norte - Há quanto tempo essa turnê pela América Latina e Brasil vem sendo planejada?

Augusto Stevanovich - Há pelo menos um ano, ou seja, desde a última turnê ocorrida na mesma época do ano passado.

JMN - O Ballet preparou três espetáculos para essa turnê e aqui será apresentado “O Lago dos Cisnes”. A escolha de cada espetáculo para as cidades foi do grupo?

AS - Foi uma decisão minha em conjunto com a direção do Ballet de levarmos às cidades em que a companhia ainda não se apresentou com o espetáculo O Lago dos Cisnes, pela grandiosidade e magia da apresentação. Nas demais localidades, apresentaremos duas obras em um único espetáculo: Don Quixote e Sheherazade, este inédito no País.

JMN- Como é a concepção cênica do espetáculo que virá a Teresina?

AS - O Ballet Nacional da Rússia é uma das companhias de maior prestígio e trajetória mundial na história da dança clássica. É considerada parte integral da cultura mundial. Ganhou este título pela elegância, virtualidade, beleza e virtuosismo implantado em cada apresentação. É isto que levaremos: encantamento e muita emoção ao público de Teresina.

JMN- Quantos bailarinos envolvidos?

AS - 40 solistas.

JMN - Gostaria que você falasse um pouco da trilha sonora e do figurino que será utilizado pelos bailarinos no espetáculo.

AS - A música é de Piotr Ilitch Tchaikovsky, um dos compositores românticos mais conhecidos da Rússia no gênero ballet. O Lago dos Cisnes (1875–1876) foi o primeiro balé de Tchaikovsky, encenado pela primeira vez no Teatro Bolshoi em Moscou em 1877. Já a Bela Adormecida (1888–1889) é considerada um dos melhores trabalhos de Tchaikovsky, encenada pela primeira vez em 1890 no Teatro Mariinsky em São Petersburgo. Sobre o figurino, foi confeccionado especialmente para a programação do Brasil pela Grishko, maior indústria de vestuário e sapatilhas do Mundo sediada em Moscou.

JMN - Como é a estrutura do espetáculo com relação a som, equipamentos?

AS - Traremos o que há de melhor na Europa, tecnologia de última geração, cenografias em 3D e muita realidade, o que encanta o público.

JMN- Qual a expectativa para essa temporada no Brasil?

AS - As melhores possíveis, mas meu objetivo maior é conseguir disseminar a cultura do ballet russo nos quatro cantos do País. Levaremos nosso espetáculo para as 26 capitais do Brasil e demais cidades. O Russian State Ballet é internacionalmente reconhecido como uma companhia de ponta. Já recebemos numerosos prêmios, entre os quais o Ingresso de Ouro, por um público de mais de 100 mil pessoas que compareceram às apresentações da companhia ao longo de dois meses de turnê na Alemanha; e a Performance Mais Grandiosa do Ano, da Associação de Empresários da Europa Ocidental, que consideraram o Ballet Estatal Russo a “Melhor Companhia de Balé do Ano”. Queremos mostrar o porquê disso e muito mais aos brasileiros.

JMN- No Brasil, o grupo faz algo inédito, que é ampliar o roteiro de apresentação e ir além das grandes metrópoles. Qual é a proposta do Ballet com essa turnê?

AS - A cada ano buscamos atingir novos públicos popularizando a dança e o acesso ao teatro e aos grandes espetáculos, que sempre foram acessíveis apenas para uma minoria da população. Vamos adaptando os locais e direcionando ações para buscar o público que desconhece este espetáculo e essa companhia que já supera as três décadas de existência. Trata-se de uma companhia estatal que sobreviveu à dissolução do bloco soviético.

O Ministério de Cultura passou a ter mais autonomia, e o governo identificou a cultura como prioridade para a divulgação da Rússia no mundo. Hoje, o balé está para o país assim como o futebol está para o Brasil. É a palavra maior da cultura russa.

Tem por objetivo um feito histórico, como já informei que é o de popularizar o balé nos países da América Latina, levando cultura clássica russa aos diversos setores e camadas sociais, principalmente aos países que compõem o BRICS - Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul.

JMN- Depois da turnê, quais os projetos futuros do Ballet?

AS - Muito trabalho. Seguiremos programação na Europa, já planejando novidades para 2016, ano de Olimpíadas no Brasil, quando estaremos por aqui novamente.

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