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Comissão do Ministério da Saúde é contra canetas emagrecedoras no SUS

A análise de impacto financeiro apresentado na reunião mostrou que a inclusão da semaglutida representaria um gasto de, no mínimo, R$ 3,4 bilhões em cinco anos, podendo chegar até R$ 7 bilhões.

Comissão do Ministério da Saúde é contra canetas emagrecedoras no SUS | Foto: Reprodução
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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendou não incluir os medicamentos Wegovy (semaglutida) e Saxenda (liraglutida), conhecidos como canetas emagrecedoras, no SUS para tratamento da obesidade. A decisão foi tomada em reunião no dia 8 de maio, cujo vídeo foi divulgado no dia 13. 

A comissão avaliou o uso da semaglutida para obesidade graus 2 e 3 em pacientes a partir de 45 anos com doença cardiovascular, e optou por abrir consulta pública com parecer desfavorável.

A liraglutida também teve recomendação e parecer desfavoráveis para inclusão no SUS, tanto no tratamento da obesidade quanto do diabetes tipo 2. A partir de julho, por decisão da Anvisa, será obrigatória a retenção de receita para a venda de medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares.

Custo elevado para o SUS

O alto custo dos medicamentos foi uma das razões para o parecer negativo. A inclusão da semaglutida no SUS poderia gerar um gasto entre R$ 3,4 bilhões e R$ 7 bilhões em cinco anos. Para Maria Edna de Melo, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a decisão é preocupante, pois mantém os pacientes do SUS sem acesso a esses tratamentos. 

O que acontece agora

O parecer da Conitec ainda não é definitivo. Após a consulta pública, as contribuições serão analisadas em um relatório técnico, que pode manter ou alterar a decisão inicial. A decisão final cabe à Sectics, que também pode convocar novas audiências e discussões.

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