Não é só a gasolina que está com o preço nas alturas… De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o querosene de aviação registrou alta de 91,7% no Brasil no segundo trimestre de 2021, em relação ao ano passado. Junto com a valorização do dólar, o custo do combustível já está impactando o preço das passagens aéreas.
De acordo com a Abear, associação que representa as companhias aéreas, o combustível no Brasil representa 30% do custo total das empresas, enquanto no exterior o peso gira em torno de 22%.
Apesar do cenário desafiador, a oferta de voos domésticos vem crescendo nos últimos cinco meses e as companhias aéreas seguem otimistas com a retomada do turismo. Mas já é possível notar que as tarifas estão mais altas, especialmente para quem quer voar no fim do ano ou no começo de 2022.
Companhias se queixam de custos estruturais
De acordo com a Abear, o querosene de aviação é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras. De acordo com a associação, no primeiro semestre de 2021, o preço médio do combustível na bomba no Brasil foi 24,6% superior ao dos Estados Unidos.
Entre os motivos apontados para a distorção, o fato de que o Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o combustível, o ICMS, que não é pago pelas companhias estrangeiras para abastecer em território nacional. “É por isso que uma viagem internacional muitas vezes é mais barata do que um voo doméstico, considerando-se distâncias similares”, defende o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
Além disso, outro problema é a escalada da cotação do dólar em relação ao real, já que 51% dos custos do setor são indexados pela moeda norte-americana, como o leasing de aeronaves, seguro e peças de manutenção, por exemplo.
As informações são do site Melhores Destinos.