As inscrições para a primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2017 terminam às 23h59 de domingo (29). São oferecidas mais de 238 mil vagas em 131 instituições públicas de ensino superior.
Entender e saber manusear o sistema (http://sisu.mec.gov.br/) é fundamental para garantir a tão sonhada vaga.
Veja quatro dicas:
Estude cada uma das 'rotas'
O sistema oferece seis “rotas”, como define o professor Dilvo Ristoff da Universidade Federal de Santa Catarina. Quatro, estão vinculadas às leis de cotas, e são elas:
- aluno preto, pardo ou indígena (PPI) com renda familiar de até 1,5 salário mínimo;
- aluno PPI com renda maior de 1,5 salário mínimo;
- aluno de escola pública renda familiar de até 1,5 salário mínimo;
- aluno de escola pública com renda maior de 1,5 salário mínimo
As outras duas são:
- ampla concorrência (para todos os candidatos);
- ações afirmativas das próprias universidades.
“É preciso estar bem informado para saber se a rota que você escolheu é a mais vai te beneficiar. Uma forma é analisar os resultados anteriores do Sisu, verificar a série histórica das notas e analisar sua pontuação no Enem”, diz Ristoff.
Veja a concorrência entre os cotistas
O ambiente dos cotistas é mais competitivo, por isso se a diferença de notas, em relação aos não cotistas for pequena, o benefício das cotas pode ir contra ao candidato. Há momentos em que vale a pena abrir mão dela.
“O cotista pode até estar em uma faixa de pontuação boa, mas precisa entender que a relação candidato vaga é mais alta, aumenta cerca de três pontos”, lembra Ristoff.
Acompanhe a nota de corte
As notas de corte são atualizadas todos os dias à 1h. Elas revelam o desempenho do último candidato virtualmente classificado. Por isso, o estudante não pode fazer a inscrição e “abandoná-la”: como o sistema segue em atividade, é possível que no momento em que ele se inscreveu tenha chance de ser convocado para a vaga, mas a situação mude no dia seguinte.
Se isso acontecer, vale a pena remanejar a inscrição para outra vaga com mais chances
Analise se a mobilidade vale a pena
Na ânsia para conquista a vaga, o estudante pode se inscrever em uma universidade fora do seu estado. É importante avaliar se será possível se manter longe de casa. O Ministério da Educação tem um programa chamado de bolsa permanência que oferece R$ 400 mensais para que estudantes de baixa renda consigam concluir sua graduação. Porém, nem sempre este auxílio é suficiente para cobrir todas as despesas.
Apesar dos problemas de permanência, o professor Dilvo Ristoff lembra que antes a mobilidade entre os universitários era restritas às famílias ricas. “Agora, com o Sisu, ela também se estendeu aos pobres, embora a mobilidade do Sisu não seja tão grande em regiões distantes, e é mais intensa dentro do próprio estado.”