Autoridades e meteorologistas monitoram o avanço das chuvas e das enchentes nos próximos dias no Rio Grande do Sul, com especial atenção para Porto Alegre e região metropolitana, consideradas as áreas mais críticas, segundo a análise da MetSul.
CHUVA, VENTO E GRANIZO: As inundações estão dificultando as operações de resgate, e o governo prevê mais precipitações para esta segunda-feira (6), especialmente no extremo sul do estado. De acordo com informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), é esperado um volume total de chuva que pode ultrapassar os 100 milímetros em 24 horas, acompanhado de ventos com velocidade superior a 100 km/h e possibilidade de queda de granizo.
PREVISÃO DE MAIS TEMPORAIS: A partir de quarta-feira (8), o estado entra novamente em alerta devido à previsão de mais temporais. Conforme o Inmet, espera-se um aumento significativo da chuva nas regiões sul e metropolitana, na serra e no litoral norte de Porto Alegre.
NOVA ONDA DE FRIO: Além das intensas pancadas de chuva, uma nova onda de frio está programada para quarta-feira, o que pode complicar ainda mais as operações de socorro às vítimas da maior tragédia climática já registrada no Rio Grande do Sul. A queda brusca das temperaturas, com uma redução de até 10 °C, representa um sério risco de hipotermia para aqueles que aguardam resgate.
ONDE A SITUAÇÃO DEVE PIORAR MAIS? A Lagoa dos Patos, a maior laguna da América do Sul, estende-se por 265 quilômetros de comprimento, cobrindo uma superfície de 10.144 km². As lagunas são corpos de água salgada ou salobra separados do mar por estreitas formações rochosas, ou bancos de areia. Próximas à Lagoa dos Patos estão algumas das maiores cidades da região, como Pelotas e Rio Grande. A enchente do Rio Guaíba, que continua a inundar ruas em Porto Alegre, ainda deve persistir por dias antes de retornar aos níveis seguros.
111 PESSOAS DESAPARECIDAS: O pior desastre ambiental já registrado no Rio Grande do Sul resultou em 83 mortes confirmadas e 111 pessoas ainda desaparecidas até o momento. No domingo (5), o governo federal decretou estado de calamidade pública para 336 municípios, o que representa dois terços do total do estado. Diversas regiões gaúchas permanecem com áreas isoladas, estradas e pontes destruídas, com moradores aguardando por resgate. Centenas de milhares de pessoas estão sem acesso à luz e água.