Os aguapés no rio Poti incomodam, há meses, os ambientalistas de Teresina e pouco foi feito pelas autoridades locais para minimizar a poluição do rio, responsável pela permanência da planta sobre as águas.
Por causa disso e em prol da sobrevivência do rio, ambientalistas já começam a se articular para reivindicar mais atenção das autoridades locais para esse problema.
A Fundação SOS Rios já começa a organizar o movimento SOS Rios, que deverá acontecer em janeiro de 2014. ?Já vamos começar a articular nossas estratégias para o SOS Rios do próximo ano.
A situação do rio Poti é revoltante e nada é feito para mudar isso. Parece que as autoridades não se importam. Nós tentamos uma audiência no Ministério público Estadual, mas não fomos recebidos. Mas vamos tentar novamente?, disse o ambientalista da Fundação Rios, Allan Lewis.
O ambientalista Kaio Campelo afirma que com as chuvas chegando, há chances de a concentração de aguapés diminuir no Poti, mas, para isso, o volume de chuvas precisa ser alto.
?A falta de chuvas em anos anteriores fez a concentração de aguapés piorar no rio Poti. Se as chuvas este ano forem boas, aumenta o nível de água dos rios e os aguapés acabam sendo carregados pelas águas?, afirmou.
Ele explica que a presença de aguapés demonstra que há poluição naquelas águas, mas o seu excesso já começa a prejudicar o equilíbrio do ecossistema daquele local. ?Uns acabam ficando sobre os outros. Os de baixo acabam morrendo e se depositando no fundo do rio. Isso prejudica a fauna, prolifera bactérias, a água perde o oxigênio?, explicou.
Para ele, a saída é a despoluição desse trecho do rio, que corta Teresina. Para isso, segundo o ambientalista, é necessário que pelo menos 50% de Teresina possua sistema de esgotamento sanitário. ?O esgoto de Teresina precisa ser tratado, antes de chegar ao rio.
Além disso, é necessário que haja uma fiscalização efetiva em relação aos dragueiros e ainda tem que haver a preservação das matas ciliares?, pontuou.