A cidade de Porto Alegre, atingida pela pior enchente desde 1941, enfrenta agora as dolorosas consequências da inundação do Rio Guaíba. O cenário é desolador, com casas e comércios destruídos, deixando os moradores dos bairros Menino Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico em meio a um ambiente de desolação e insalubridade. Animais mortos, esgoto exposto e um odor desagradável impregnam as ruas, enquanto os residentes tentam lidar com a situação.
CASAS DE BOMBAS EM OPERAÇÃO
A esperança surge com o retorno parcial das operações das casas de bombas, responsáveis por drenar as águas das ruas. Das 23 unidades do sistema anticheias, 19 foram desligadas devido à enchente ou ao risco elétrico. Agora, nove estão em operação, segundo informações do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), trazendo um alívio parcial para algumas áreas da cidade.
ANIMAIS MORTOS E MAU CHEIRO
Os relatos dos moradores trazem à tona o drama vivido por quem enfrenta as consequências diretas da inundação. Katia Toledo, assistente de câmbio residente no Menino Deus, descreve a batalha diária para limpar seu condomínio, agora infestado por animais mortos e o mau cheiro do esgoto. Situações similares são vivenciadas por Mateus Marchant na Cidade Baixa, que descreve a água suja e os resíduos flutuantes nas ruas como um verdadeiro pesadelo.
DIMENSÃO DA TRAGÉDIA
A tragédia não se restringe apenas a Porto Alegre. No Rio Grande do Sul, os números são alarmantes: 149 vítimas fatais, 108 desaparecidos e 806 feridos, segundo informações da Defesa Civil. Mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas em 452 dos 497 municípios do estado, destacando a magnitude da devastação e a urgência das ações de socorro e reconstrução. Enquanto isso, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) enfrenta o desafio sem precedentes de remover 365 toneladas de resíduos das ruas, um reflexo tangível da dimensão dessa catástrofe.
Para mais informações, acesse meionews.com