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Fazendeiros temem colapso com política migratória de Trump

Produtores rurais de Iowa relatam crise de mão de obra e insegurança diante do endurecimento das regras para imigrantes nos EUA

Donald Trump durante discurso na Casa Branca, em 15 de abril de 2025 | AP Photo/Alex Brandon

Apesar de Iowa ser historicamente um reduto republicano, muitos produtores rurais do estado estão apreensivos com os efeitos das políticas do presidente Donald Trump. A principal preocupação é com a escassez de mão de obra nas fazendas, cenário que se agravou após o endurecimento das leis migratórias neste segundo mandato do republicano.

Grande parte dos trabalhadores do setor agrícola é composta por imigrantes, muitos deles refugiados com vistos de asilo político. Com o cancelamento de diversos desses vistos, os fazendeiros temem não conseguir manter suas operações. “Muitas fazendas estão penando porque não têm gente para trabalhar”, relatou o correspondente da TV Globo nos EUA.

Clima de insegurança no interior dos EUA

Coaglio conversou com produtores locais e compartilhou suas impressões. Segundo ele, o sentimento predominante nas entrevistas foi de incerteza.

“O sentimento predominante entre os produtores com quem conversei é de insegurança. Eles evitam falar abertamente em quem votaram ou se estão arrependidos, mas o clima é de apreensão”, afirma. “Mesmo assim, os produtores estão assustados com os rumos que as políticas dele [Trump] podem tomar.”

Impacto econômico e humano

Além da crise migratória, o setor agropecuário também teme os reflexos da política externa e das decisões comerciais do governo Trump. 

“Eles já esperavam alguma tensão comercial com a vitória do Trump, mas não imaginavam que a nova guerra tarifária atingiria proporções tão grandes”, disse o correspondente.

Para os produtores, o receio vai além do impacto financeiro: trata-se também de uma crise humanitária que coloca em risco a base de sustentação do trabalho no campo americano.

“Há um receio concreto, tanto econômico quanto humano, com os efeitos diretos das políticas do Trump”, conclui Coaglio.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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