Por: Pedro Cafardo
1. O paradoxo do pessimismo econômico:
Apesar de avanços concretos na economia, o debate público insiste no pessimismo. Os problemas fiscais dominam as análises, mesmo sem afetar diretamente a vida cotidiana da população.
2. Inflação sob controle:
A inflação média anual nos dois últimos anos foi de 4,73%, inferior à média dos quatro anos anteriores (6,17%) e à média histórica de 30 anos (6,5%). Ainda assim, o discurso dominante fala em inflação fora de controle.
3. Alimentação x renda das famílias:
Os alimentos subiram 8% em 2023, mas a renda das famílias pobres cresceu 19%, bem acima da inflação. Mesmo assim, argumenta-se que os mais pobres sofrem com o custo da alimentação.
4. Desemprego e informalidade em queda:
A taxa de desemprego está em 6,6%, próxima do piso histórico, com previsão de 5,9% até dezembro. A informalidade também caiu para 37,9%, uma das menores taxas desde 2015.
5. Desigualdade e renda melhorando:
O índice de Gini alcançou o menor nível da história, e a renda per capita domiciliar é a maior desde 2012. A redução da desigualdade é ignorada por muitos analistas.
6. Fome em queda acentuada:
Em apenas um ano, 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome, segundo a ONU — uma queda de 85% entre 2022 e 2023.
7. PIB superando expectativas:
O PIB cresceu 1,4% no 1º trimestre, superando os países da OCDE e G7. O crescimento ocorre apesar da alta taxa de juros (14,75% ao ano), que deveria desestimular investimentos.
8. Histórico de previsões erradas:
Desde 2020, analistas erram para baixo: projetam baixo crescimento e são surpreendidos por resultados bem superiores — tendência que se mantém até 2024.
9. Lucros empresariais em alta:
Lucro líquido das empresas não financeiras subiu 30,3% no trimestre; bancos lucraram R$ 28,2 bilhões, com aumentos expressivos, como 39% em um dos grandes.
10. Indústria em recuperação:
Após anos de desindustrialização, a indústria voltou a crescer: 3,1% em 2023 e novo avanço em março de 2024, indicando retomada consistente.
11. Contradições da comunicação:
Apesar de dados positivos em inflação, emprego, renda e fome, o sentimento geral segue negativo. A frase “É a economia, estúpido!” parece não se aplicar a esse cenário.
12. Comparação com o governo anterior:
A oposição lançou uma peça publicitária criticando os preços altos, exaltando um ex-presidente. Mas, nos quatro anos “saudosos”, a inflação foi maior (6,17%) do que no governo atual (4,73%), e os alimentos subiram mais também.
13. Falta de contestação e ruído político:
A peça publicitária não foi desmentida. O foco segue em questões fiscais de longo prazo, enquanto os dados de bem-estar real são negligenciados — sugerindo que o pessimismo pode ter causas políticas ou comunicacionais, não econômicas.