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Irmão de estudante baleado em escola teme soltura de suspeita e pede justiça

Fisiculturista Carlos Magno contou que, após o ocorrido a família tem se desdobrado para arcar com os custos dos cuidados médicos para recuperação de João Lucas

Fisiculturista Carlos Magno, em entrevista ao programa Notícias do Dia | Reprodução

Na manhã desta terça-feira (07/10), em entrevista ao programa Notícias do Dia, com a jornalista Cinthia Lages, o fisiculturista Carlos Magno contou sobre o drama que sua família vem enfrentando desde que seu irmão, João Lucas, foi baleado em dezembro de 2024, dentro de uma escola em Teresina. De acordo com seu relato, ainda não houve nenhuma decisão judicial favorável à família do jovem em relação aos gastos e custos com os cuidados médicos.

Carlos relembrou que, recentemente, conquistou uma competição realizada em Teresina e dedicou a vitória ao irmão João Lucas. “Campeão! Essa vitória é por você, meu irmão. Eu te amo”, disse, emocionado, em vídeo publicado em suas redes sociais. O atleta contou ainda que foi João quem o inspirou a participar do torneio. “Ele queria ser atleta, ele estava treinando. Nós treinávamos juntos. Eu não tinha vontade alguma, foi tudo por ele. O troféu que ganhei foi para ele. Meu maior sonho é ver o meu irmão treinando e fazendo o que ele mais gostava de fazer”, destacou.

Segundo o atleta, o maior desafio da família agora é lidar com a dor de ver o jovem, que sonhava em ser campeão, na situação atual. Ele foi atingido na cabeça, e a reabilitação é lenta.  

“Dói muito para nossa família e todos que estão próximos, principalmente para nossa mãe, que sofre bastante com o que ocorreu”, disse. O atleta também ressaltou as dívidas acumuladas com o tratamento. Hoje, João está acamado, tetraplégico, lutando diariamente pela vida. A situação tem altos e baixos.

 Estudante baleado em dezembro de 2024, dentro de uma escola (Foto: Reprodução)

Família pede por justiça

Carlos ressalta que eles esperam que a justiça seja célere. Segundo ele, a responsável pelo disparo pode ser solta com menos de três anos de internação, tempo de pena determinado pela Justiça.

“Hoje, a gente clama por justiça, para que a justiça cumpra pelo menos os três anos de internação que foram impostos a ela. Soubemos que já estão querendo soltá-la, e hoje clamamos por justiça. Nenhuma pena vai diminuir o dano irreparável que ela causou à minha família, ao João e ao futuro brilhante que ele tinha pela frente. Mas o mínimo que esperamos é que eles sejam morais e cumpram pelo menos a pena imposta a ela.”

Carlos contou que, após o ocorrido, tudo mudou na casa da família: o quarto do irmão se transformou em uma UTI, e João agora se alimenta por sonda, está em estado vegetativo, mexe apenas o pescoço, olha, chora e respira com a ajuda de um respirador. Ele não consegue respirar sozinho. Segundo o atleta, a família acredita muito em Deus, mesmo diante do diagnóstico médico, e a fé da mãe é o principal sustento emocional de todos.

“A nossa família virou de cabeça para baixo, principalmente a vida da minha mãe. Ela é a principal responsável por ele, uma mulher muito guerreira, de muita fé, que trabalha bastante, e acabou se endividando muito, pois a escola, os pais... ainda não saiu nenhuma decisão na Justiça favorável à gente em relação a gastos e custos. Eu acho que o que mantém o João vivo hoje é a fé que a minha mãe tem em Deus. A fé dela é a base de toda a nossa família.”

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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