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Janguiê Diniz

Janguiê Diniz é fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional, Fundador da JD Business Academy, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo e da ABMES - Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superiorf

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Mentoria: moldando futuros

Em um país como o Brasil, o futuro da educação, especialmente no campo do empreendedorismo, está intrinsecamente ligado à nossa capacidade de oferecer mentoria.

Janguiê Diniz | Reprodução

Janguiê Diniz - Fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional, Fundador da JD Business Academy, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo e da ABMES - Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior

Uma das maiores lições que aprendi ao longo dos anos é que o processo de aprendizado nunca chega ao fim. Assim como o aprendizado, o ato de ensinar e mentorar também é um caminho contínuo. Em um país como o Brasil, o futuro da educação, especialmente no campo do empreendedorismo, está intrinsecamente ligado à nossa capacidade de oferecer mentoria e educação de qualidade. Em tempos como os atuais, mais do que nunca, precisamos de líderes inovadores, capazes de transformar tanto o cenário econômico quanto o social.

Albert Einstein dizia que “A educação é o que sobra depois que se esquece tudo o que se aprendeu na escola”. Como mentor, sei que o papel que desempenhamos na vida das pessoas vai muito além do campo profissional. Ajudamos a moldar o caráter, a fortalecer a confiança e a preparar o indivíduo para lidar com os desafios da vida. Acredito firmemente que, por meio da arte de ensinar, podemos construir um futuro mais próspero e mais justo para todos. Como sempre digo nas minhas mentorias, o sucesso não é um acidente, mas o resultado de trabalho árduo, disciplina e, acima de tudo, aprendizado constante. Henry Ford acreditava em algo parecido: “O segredo do sucesso é a constância do propósito”. E é nesse processo incessante e enriquecedor que reside o verdadeiro poder da transformação.

Mentorar alguém é mais do que transmitir conhecimento técnico. É um ato de generosidade e de legado. Quando um mentor decide compartilhar o que aprendeu com sua trajetória (erros, acertos, experiências e estratégias), ele está, de certa forma, encurtando o caminho daqueles que vêm depois. É como se dissesse: “Eu já passei por isso e aprendi o melhor caminho, para que você não precise cair nos mesmos buracos”. Por outro lado, ser mentorado envolve humildade e visão. É reconhecer que o aprendizado mais valioso não vem apenas dos livros ou dos cursos, mas das vivências reais de quem já conquistou o que você busca conquistar. O mentorado inteligente entende que o tempo é o ativo mais escasso que existe, e que ter acesso ao conhecimento de quem já trilhou aquele caminho pode economizar anos de tentativa e erro. A mentoria, portanto, é uma ponte que encurta distâncias entre o sonho e a realização, a teoria e a prática, o potencial e o resultado. No mundo dos negócios, em constante mutação e evolução e onde a competitividade é grande, contar com um mentor é um diferencial estratégico. Grandes líderes e empreendedores que admiramos tiveram mentores e, em algum momento, também se tornaram mentores. Isso porque o crescimento não é construído sozinho. Todo grande resultado nasce da observação, da escuta e da capacidade de aprender com quem já percorreu o caminho.

A mentoria tem, ainda, um efeito multiplicador poderoso. Quando um empreendedor é bem orientado, ele toma decisões mais assertivas, estrutura melhor sua empresa, gera mais empregos, impacta mais pessoas e fortalece o ecossistema em que está inserido. O sucesso, então, deixa de ser apenas individual e passa a ser coletivo. É por isso que acredito que mentorar é um ato de transformação social. Cada mente iluminada que nasce de uma mentoria acende uma nova luz no mundo. Além disso, mentorar é também uma forma de autodesenvolvimento. É um processo de mão dupla, no qual tanto o mentor quanto o mentorado saem fortalecidos. Uma via em que o conhecimento flui em ambas as direções e o crescimento acontece de forma mútua e exponencial.

Em um país que ainda enfrenta tantos desafios educacionais e econômicos, investir em programas de mentoria é investir no futuro. É apostar em pessoas, ideias e potenciais que podem mudar realidades. Precisamos compreender que o desenvolvimento humano é a base do desenvolvimento empresarial e, consequentemente, do desenvolvimento nacional. Por isso, reforço: mentorar é mais do que ensinar. É estar junto, inspirar, guiar, oferecer ferramentas para que outros possam ir ainda mais longe. E, talvez, essa seja a forma mais nobre de liderança — aquela que não apenas conquista, mas que transforma.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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