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Janguiê Diniz

Janguiê Diniz é fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional, Fundador da JD Business Academy, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo e da ABMES - Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superiorf

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Educação superior brasileira pousa no Vale do Silício

Desde a última sexta-feira (17) e até o próximo dia 26 de outubro, quarenta líderes de dezesseis instituições privadas de todo o país estão mergulhados em uma jornada que ultrapassa fronteiras geográficas e institucionais.

Janguiê Diniz | Reprodução/Instagram

Quando o avião que trouxe a 7ª Delegação ABMES Internacional - Silicon Valley Experience tocou o solo californiano, não era apenas um grupo de educadores que desembarcava nos Estados Unidos, mas a própria educação superior brasileira dando um passo simbólico, e concreto, rumo ao futuro. Desde a última sexta-feira (17) e até o próximo dia 26 de outubro, quarenta líderes de dezesseis instituições privadas de todo o país estão mergulhados em uma jornada que ultrapassa fronteiras geográficas e institucionais.

Em uma experiência imersiva no Vale do Silício, onde pulsa a mais intensa energia de inovação do planeta, gestores educacionais estão tendo a oportunidade de dialogar com o que há de mais transformador no mundo da tecnologia e da aprendizagem. YouTube/Google for Education, Microsoft e Amazon estão no roteiro da delegação. Mais do que empresas, são ecossistemas que moldam a sociedade contemporânea e redefinem a maneira como pensamos, trabalhamos e aprendemos.

A jornada, que combina teoria, prática, trocas e visão estratégica, também contempla visitas a instituições acadêmicas de referência, como a University of San Francisco, a University of the Pacific, a Stanford University School of Medicine, o Lemann Center for Educational Entrepreneurship and Innovation in Brazil, a San Francisco State University e o Minerva Project. Cada parada será um convite à reflexão sobre o papel das instituições de ensino superior, e da própria educação, em tempos disruptivos e desafiadores como este século XXI.

Mais do que uma simples visita técnica, esta imersão no Vale do Silício é uma sinalização clara de que o ensino superior brasileiro, especialmente o privado, não está disposto a ser mero espectador da revolução digital; quer ser protagonista dela. E essa é uma mensagem poderosa. Enquanto o mundo discute o impacto da inteligência artificial, da realidade aumentada, da educação personalizada e das novas competências para o trabalho, nos munimos de coragem e ambição para aprender com os melhores.

Em outra frente, a delegação da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) também veio em busca de conexões. Conexões humanas, institucionais e culturais. Porque inovar não é apenas adotar ferramentas, mas repensar mentalidades. E nenhuma transformação sustentável acontece sem colaboração; o próprio Vale do Silício é um exemplo disso. Nesse contexto, os gestores educacionais também levarão na bagagem de volta ao Brasil a convicção de que as universidades precisam cultivar o mesmo espírito empreendedor que move startups e grandes empresas de tecnologia.

O momento é, também, de reafirmar a importância da internacionalização. Em um mundo profundamente conectado, a formação de cidadãos e profissionais globais depende de experiências que ampliem horizontes e rompam paradigmas. Quando dirigentes e gestores brasileiros dialogam com especialistas da University of San Francisco ou participam de workshops no Minerva Project, o que acontece é mais do que uma troca de metodologias: é a construção de pontes de conhecimento entre o Brasil e o mundo.

Cada delegação internacional promovida pela ABMES contribui para a compreensão de que inovação não é um luxo reservado às nações mais ricas, mas um dever compartilhado por todos que acreditam na educação como força motriz do seu desenvolvimento. O Brasil tem talentos, criatividade e capacidade de reinventar-se, e vivências como a Silicon Valley Experience vêm para contribuir e impulsionar esse potencial.

O grupo que partiu rumo ao Vale do Silício trouxe consigo o melhor da nossa educação: a inquietação, a curiosidade e a esperança. Tenho certeza de que cada indivíduo aqui presente voltará com algo ainda maior: a convicção de que é possível sonhar grande, pensar globalmente e agir localmente. Porque, no fim, inovar é acreditar que o futuro se constrói agora, e que ele começa na sala de aula.

Assim, a 7ª Delegação ABMES Internacional é mais do que um evento, é um marco. Um lembrete de que o ensino superior brasileiro, quando se abre para o mundo, amplia não apenas sua visão, mas também seu propósito. E que, em um tempo de mudanças aceleradas, o maior ato de coragem de uma instituição é continuar aprendendo.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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