Um estudo publicado na revista Temperature revela que o calor e o frio extremos mataram mais de 34 mil pessoas na Índia entre 2001 e 2019. A pesquisa destaca a vulnerabilidade da Índia devido à densidade populacional, pobreza e mudanças climáticas.
A mortalidade foi particularmente alta em estados com menor urbanização e menor gasto público social, sugerindo que infraestrutura urbana e proteção social podem funcionar como escudos contra as variações térmicas. Homens em idade produtiva foram os mais afetados pelo calor extremo, enquanto as mortes por frio foram distribuídas entre os gêneros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 489 mil pessoas morreram por exposição ao calor no mundo entre 2000 e 2019. Na Europa, uma onda de calor em 2003 causou mais de 70 mil mortes. As temperaturas extremas também têm impactado a saúde da população brasileira e latino-americana.
Um estudo publicado em 2022 na revista Nature Medicine revela que cerca de 6% das mortes urbanas na América Latina estão associadas ao calor e frio extremos. Cada aumento de 1°C em dias de calor intenso está associado a mais 5,7% de mortes gerais, e 10% dos óbitos por causas respiratórias podem ser atribuídos ao frio. Os autores concluem que grande parte dessas mortes poderia ter sido evitada com estratégias adequadas.