COE Teresina é incisivo ao orientar não uso de cloroquina

O protocolo de manejo de pacientes foi atualizado pela quarta vez nesta semana

Cloroquina | Dirceu Portugal/Fotoarena/Estadão Conteúdo
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O COE (Comitê de Operações Emergenciais de Combate a Covid-19) de Teresina atualizou, nesta semana, o protocolo clínico para manejo de pacientes adultos com Covid-19.

Esta é a quarta revisão do documento, que, dentre outras alterações, trata de forma mais incisiva sobre o não uso de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina ou nitazoxanida com finalidade antiviral.  

O coordenador médico do COE-FMS, Walfrido Salmito, afirma que, desde o ano passado, os profissionais que atuam na rede municipal de saúde de Teresina já são orientados sobre a inexistência de estudos científicos que comprovem a eficácia destes medicamentos no tratamento de pacientes com Covid-19, no entanto, a quarta atualização do protocolo trata do assunto de forma mais incisiva.

Estudos não comprovam eficácia da cloroquina para o tratamento de pacientes com Covid-19 ( Crédito: Dirceu Portugal/Fotoarena/Estadão Conteúdo )

“Não prescrever cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina ou nitazoxanida com finalidade antiviral”, diz o documento.

“Em protocolos anteriores, apesar de deixar claro que não havia estudos que comprovassem a eficácia destes medicamentos, nós orientávamos aqueles médicos que optassem por fazer uso deles, sobre dosagem e outras informações importantes, mas agora o protocolo foi mais incisivo quanto a isso”, disse  Walfrido Salmito.

Apesar de os estudos não comprovarem a eficácia destes medicamentos para o tratamento com finalidade antiviral e de a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselhar o uso destes  remédios, entidades médicas como o Conselho Federal de Medicina (CFM) ainda autoriza o uso em todo país.

O próprio Ministério da Saúde não tem orientações contrárias à prescrição destes medicamentos para o tratamento de pacientes com Covid-19.

"Não prescrevo e nem oriento que médico nenhum prescreva, já que não temos eficácia comprovada destes medicamentos contra a Covid-19", conclui Walfrido.

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