Cientistas descobrem técnica para fazer ser possível doar a própria voz

Os especialistas utilizam um software que combina a voz do doador, com os sons do paciente, criando sons de vogais e consoantes.

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Cientistas criaram chips para desenvolverem tons personalizados para pessoas incapazes de falar. Os idealizadores do que a princípio parece ser algo impensável, vieram de Delaware, pequeno estado dos EUA e Boston. Eles estão usando uma ?fonte vocal? para criar uma voz sintética que será gravada pelo doador.

A voz sintética sob medida permite que os pacientes digam qualquer palavra, mesmo aquelas que não forem pré-gravadas pelo doador.

As pessoas podem doar suas vozes usando um telefone ou um aplicativo web, ao invés de gravar em estúdios. A voz de Stephen Hawking é uma das mais reconhecíveis no mundo.

Milhões de pessoas com dificuldades graves de fala utilizam vozes computadorizadas. Consequentemente elas perdem sua identidade vocal, pois há muitas opções de vozes disponíveis.

Uma organização está incentivando pessoas a doarem suas vozes, para que possam criar vozes ?únicas como as impressões digitais?. Assim o doador, que está prestes a perder sua voz, permanecerá com ela. As vozes doadas são selecionadas a partir da idade, sexo e timbre, de modo que a voz não perca sua identidade.

?É uma idéia simples, que poderia ter um impacto poderoso sobre a vida daqueles que dependem de vozes sintéticas para expressar-se?, disse a organização. Estima-se que há dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo que contam com vozes computadorizadas. Só nos EUA, cerca de dois milhões e meio de pessoas utilizam esse mecanismo.

Cada pessoa tem uma única ?fonte vocal?, que é um zumbido criado pela laringe ou caixa de voz, que reflete sua anatomia. A fonte é empurrada através do resto do trato vocal e as câmaras na cabeça e no pescoço mudam as formas de produzir consoantes e vogais .

Enquanto algumas pessoas não conseguem manipular seu filtro vocal, por ter uma deficiência na fala neuromotor, outras têm algum tipo de controle de sua fonte vocal. E são estas pessoas com doenças como Parkinson e paralisia cerebral, que poderiam ajudar com a construção de uma voz sintética personalizada, com base em uma fonte vocal de uma pessoa.

O processo de gravação leva de duas a três horas, e os doadores lêem ou repetem frases curtas, combinando assim os sons. Usando a gravação, os especialistas em seguida utilizam um software que combina a voz do doador, com os sons do paciente, criando sons de vogais e consoantes.

Uma vez que é feito todo o processo, a voz sintética é criada, e permite que os pacientes digam qualquer palavra, mesmo aqueles que não foram pré-gravadas pelo doador.

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