Uma resolução que autoriza os médicos brasileiros a passarem o canabidiol para seus pacientes foi publicada no dia 16 de dezembro do Diário Oficial da União. Os médicos podem indicar a substância da maconha para o tratamento de crianças e adolescentes que sofrem de ataques epilépticos. mas ainda existe muitas restrições e polêmicas nesse caso.
O Conselho Federal de Medicina não autoriza o tratamento com canabidiol para adultos e exige que antes de usarem a substância, os pacientes usem outros medicamentos convencionais, para só assim, testar outros produtos.
Outra restrição é que somente neurologistas, neurocirurgiões e psiquiatras podem receitar o CBD. E que fique claro: a resolução proíbe expressamente o uso medicinal da Cannabis in natura, assim como de qualquer outro derivado dela que não seja o canabidiol. Só daqui a dois anos essa norma será revista, quando os resultados de até então serão avaliados.
Por um lado, a permissão é um importante passo rumo ao fim do tabu que envolve a maconha no Brasil. Por outro, é ainda um avanço tímido. Porque, trocando em miúdos, a resolução é permitida apenas para um tipo de enfermidade, apenas para crianças e adolescentes, o CBD pode ser receitado apenas por alguns especialistas e apenas em último caso. Muito pouco quando comparamos à experiência internacional já acumulada no uso medicinal da erva, que envolve inclusive o tratamento para câncer com resultados excepcionais.
O documentário “Maconha, a Cura do Câncer”, é encontrado no YouTube, para mostrar como a discussão lá fora já está uns tantos quilômetros à frente do cenário brasileiro.
O filme faz um apanhado geral sobre a história do uso da maconha pelo homem e de como a sua proibição foi uma invenção recente. Até então, remédios baseados na Cannabis faziam parte da maleta dos médicos, sendo usados para tratar dores do parto, reumatismo e transtornos nervosos. Eram inclusive receitados a bebês, para que parassem de chorar por conta das dores de dente.
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