Enquanto o Nordeste registra excesso de chuva, o Sul do Brasil sofre com a seca. No Rio Grande do Sul, já são 173 municípios em situação de emergência por causa da estiagem. Em Erechim, as plantações estão queimadas e o solo está rachando. A barragem que abastece a cidade está três metros abaixo do nível normal.
Desde o começo desta semana, a população enfrenta o rodízio no abastecimento de água. São 14 horas de fornecimento normal e outras 14 horas de torneiras secas.
Por causa da falta de chuva, 21 municípios do noroeste gaúcho vão suspender os serviços públicos, por uma semana, a partir de segunda-feira (11). Só serão mantidos o atendimento à saúde e o recolhimento de lixo. Até as escolas serão fechadas.
O custo para manter um caminhão-pipa chega a ser de R$ 11 mil por dia em algumas cidades.
Chuva
Na terça-feira (5), a chuva chegou em algumas regiões do estado, mas não foi o suficiente para reverter a situação. Até o início da noite, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o volume registrado em Santana do Livramento não passou de dois milímetros. O maior índice ocorreu em Chuí, com 17,4 milímetros. Em Porto Alegre, choveu mais forte.
E o drama da seca não é exclusivo dos gaúchos. Até a tarde de terça, 94 municípios de Santa Catarina já haviam decretado emergência.