Cidades de São Paulo avaliam racionamento de água devido à estiagem prolongada

A crise hídrica em São Paulo está afetando diversas cidades, que enfrentam escassez de água devido a uma estiagem prolongada e aumento das temperaturas. 

São José do Rio Preto é uma das cidades em crise hídrica por falta de chuvas | Eduardo Freitas/Prefeitura de São José do Rio Preto
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Cidades do interior de São Paulo estão enfrentando uma grave crise hídrica após mais de 150 dias sem chuvas significativas. A escassez de água, combinada com o calor extremo, está forçando as autoridades a considerar medidas de racionamento nas próximas semanas para garantir o abastecimento.

FALTA DE CHUVAS

São José do Rio Preto, uma das cidades mais afetadas, não registrou chuvas expressivas desde 12 de abril. Entre 1º de janeiro e 11 de setembro de 2024, a cidade acumulou apenas 635,5 mm de chuva, cerca de 47% do volume registrado no mesmo período do ano passado. A queda na precipitação resultou em uma redução significativa na captação de água.

O Semae (Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto) relatou que a captação da represa municipal caiu de 450 litros por segundo para apenas 220 litros por segundo.

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA

Para compensar a redução da água da represa, a prefeitura de São José do Rio Preto aumentou a operação dos poços de 16 para 22 horas por dia. No entanto, a administração municipal admite que isso pode não ser suficiente para atender a demanda de seus 500 mil habitantes. Além disso, o consumo de água aumentou 3,09% em agosto em comparação com julho. 

"Caso não chova nos próximos dias ou diminua o consumo, o racionamento será inevitável", disse a gestão Edinho Araújo em nota. Uma reunião sobre o racionamento está agendada para a próxima terça-feira, 17 de setembro.

SITUAÇÃO DE BIRIGUI

Birigui, situada a cerca de 150 km de São José do Rio Preto, também enfrenta sérios problemas de abastecimento. A prefeitura está considerando decretar estado de emergência devido à crise hídrica. Embora ainda não tenha implementado o racionamento, a cidade recorreu a caminhões-pipa para fornecer água a alguns bairros e está utilizando poços artesianos de empresas locais. 

A crise é agravada pela redução acentuada dos níveis do Ribeirão Baixotes, principal fonte de água da cidade, e está impactando cerca de 120 mil moradores.

SOROCABA

Em resposta a queimada que atingiu áreas de vegetação em Sorocaba, a prefeitura publicou um decreto de emergência climática nesta quarta-feira (11). O decreto estabelece uma multa de R$ 150 mil para quem for flagrado ateando fogo em áreas de mata. O incêndio recente afetou as regiões norte e oeste da cidade e destacou a necessidade urgente de medidas para proteger a saúde pública e ambiental. 

Com informações da Folha de S. Paulo

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